Na América Latina, os primeiros planos 4G lançados comercialmente tem preços que giram em torno de US$ 50. A analista Marceli Passoni considera o valor caro (REUTERS / Dinuka Liyanawatte)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 15h54.
As dez operadoras com maior base de assinantes com terminais de quarta geração (4G) no mundo evitam cobrar preços mais caros pela velocidade da nova tecnologia. Fazem parte deste grupo operadoras como as norte-americanas Verizon, AT&T e Sprint Nextel, assim como a sul-coreana SK Telecom e a japonesa NTT DoCoMo.
Em todos os casos, as teles optaram por lançar planos com franquias de dados maiores, mas sem impedir que clientes com planos de franquias menores acessem a rede 4G. O levantamento foi feito pela Informa Telecoms & Media.
A T-Mobile da Áustria serve de exemplo de empresa que seguiu o caminho inverso. A operadora decidiu cobrar um preço premium para os assinantes 4G, cerca de 50 euros mais caro que os planos 3G. "A adoção de LTE foi irrisória. Essa estratégia não funciona. O usuário não paga a mais apenas por velocidade", afirma Marceli Passoni, analista sênior da Informa Telecoms & Media.
Na América Latina, os primeiros planos 4G lançados comercialmente tem preços que giram em torno de US$ 50. A analista considera o valor caro, se levado em conta que a receita média por usuário (ARPU) na região está perto de US$ 10. Na Claro, no Brasil, os planos de 5 GB, que são associados aos handsets 4G da empresa, começam acima de US$ 100. Ou seja, o dobro da média latino-americana.
Serviços
Não existe um serviço de valor adicionado que funcione unicamente nas redes 4G. Mas alguns têm desempenho melhorado, obviamente.
Pelo levantamento feito pela Informa, as operadoras com redes 4G costumam promover a tecnologia associando-a a serviços como streaming de vídeo em alta definição, vídeo on demand (VOD), transferência de arquivos corporativos e games multiplayer online.
Passoni participou nesta terça-feira, 16, do seminário LTE Latin America 2013, no Rio de Janeiro.