Tecnologia

DeVry “hackeia” Facebook para ajudar alunos com Enem

Rede de educação faz modificações no Facebook Workplace para que estudantes usem a comunidade para se preparar para o Enem

Enem Action: um conjunto de ferramentas para que estudantes brasileiros possam se preparar melhor para a prova (omgimages/Thinkstock)

Enem Action: um conjunto de ferramentas para que estudantes brasileiros possam se preparar melhor para a prova (omgimages/Thinkstock)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 18 de abril de 2017 às 05h55.

Última atualização em 18 de abril de 2017 às 11h11.

São Paulo – O grupo de educação DeVry está usando o Facebook para ajudar jovens que estejam para prestar o Enem em 2017. Em resumo, o grupo “hackeou” o Facebook Workplace para fazer do espaço virtual uma área para debates, aprendizado e troca de experiências. Tudo, é claro, com foco no Enem e sem qualquer tipo de cobrança pelo acesso.

Para refrescar sua memória, o Workplace é a proposta do Facebook para redes sociais privadas -- principalmente com foco em empresas. Ali, é possível criar uma rede social que pode ser acessada somente por funcionários de uma empresa, por exemplo. Em questão de recursos e funcionalidades, o Workplace é extremamente similar ao Facebook em si. A ideia foi lançada para o mercado em outubro do ano passado.

O que a DeVry fez foi usar a criatividade para adaptar a tecnologia para a educação. Andre Pedriali, diretor de admissões da DeVry Educacional do Brasil, conta que a ideia partiu da sede da empresa, que fica em Chicago. Enquanto o Workplace ainda era uma ideia reservada ao Facebook e parceiros, a DeVry já pensava em como usá-la para fins educacionais. No Brasil, a proposta chega com o nome de Comunidade do Enemzeiro.

A proposta faz parte do Enem Action, um conjunto de ferramentas e recursos da DeVry para que estudantes brasileiros possam se preparar melhor para a prova. "O Enem é como um marco de transição para a vida adulta para um aluno. É um momento muito desgastante e todos tentam deixar o aluno motivado nesse momento. Acho que ninguém mais no mercado traz uma plataforma como a nossa", falou Pedriali a EXAME.com.

A comunidade tem capacidade de conversar individualmente com cada aluno. A rede social, de acordo com Pedriali, oferece conteúdo focado nas principais deficiências dos estudantes—são usados simulados e outras informações do Enem Action como fonte dessas informações.

“Colocamos no feed de notícias do aluno os assuntos e os vídeos das coisas que ele foi pior para que possa estudar”, conta Pedriali.

A expectativa é que a interação com a tecnologia motive os alunos e deixe os estudos mais agradáveis. “Quem está no meio da educação quer as melhores maneiras de lidar com o aluno.” E a DeVry aposta que a tecnologia é um grande aliado nessa briga.

Facebook Workplace

O Worplace funciona de forma bastante similar ao Facebook em si. A principal diferença é que a rede, particular, não pode ser acessada por qualquer um. No caso da comunidade criada pela DeVry, o cadastro é aberto para qualquer pessoa, seja ela professor ou aluno.

A rede, no entanto, é versátil. Ela é a arma do Facebook na briga das tecnologias com foco em ambientes de trabalho — o Slack é um dos grandes nomes aqui. “Eu acredito que Workplace vai ajudar mais empresas a criar o tipo de cultura aberta que encoraja pessoas a se conectar e a compartilhar”, escreveu Mark Zuckerberg no lançamento.

O grande ponto a favor do Wokplace é a familiaridade de quase qualquer pessoa com a plataforma mesmo que nunca tenha sequer ouvido falar dela. Isso acontece porque ela é extremamente parecida com o Facebook em si.

O Facebook já conta com alguns grandes nomes usando sua solução, entre elas Booking.com, Danone, Starbucks e Renault.

Para saber mais sobre o Workplace, acesse o site.

Acompanhe tudo sobre:adtalem-global-educationEducaçãoEmpresas de internetEnemFacebookInternet

Mais de Tecnologia

Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok, mas mantém app acessível

50 vezes Musk: bilionário pensou em pagar US$ 5 bilhões para Trump não concorrer

Bancada do Bitcoin: setor cripto doa US$135 mi e elege 253 candidatos pró-cripto nos EUA

Waze enfrenta problemas para usuários nesta quarta-feira, com mudança automática de idioma