Tecnologia

Detetive de Zuckerberg deveria intimidar, diz incorporador

A disputa do CEO do Facebook pela privacidade de seu quintal ficou um pouco mais emaranhada após queixas sobre um príncipe africano e um detetive particular


	Mark Zuckerberg: o verdadeiro objetivo do detetive de Zuckerberg era intimidar uma testemunha, segundo um incorporador
 (Justin Sullivan/Getty Images)

Mark Zuckerberg: o verdadeiro objetivo do detetive de Zuckerberg era intimidar uma testemunha, segundo um incorporador (Justin Sullivan/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2015 às 17h36.

A disputa de Mark Zuckerberg pela privacidade de seu quintal ficou um pouco mais emaranhada após queixas conflitantes sobre um misterioso príncipe africano e um detetive particular acusado de intimidar uma testemunha.

O fundador da Facebook Inc. é acusado por um incorporador imobiliário, em um processo jurídico, de voltar atrás na promessa de apresentá-lo à elite do Vale do Silício como parte de um acordo de US$ 1,7 milhão que acabou com os planos de construção de uma mansão com vista para o quarto do bilionário de 31 anos.

Os advogados de Zuckerberg alegam que, depois de familiarizar-se com a versão dos acontecimentos apresentada por Mircea Voskerician, eles não têm certeza de que o príncipe, que supostamente ofereceu 2,5 vezes esse valor pelos direitos do imóvel, de fato exista.

Voskerician sustenta que o verdadeiro objetivo do detetive de Zuckerberg era intimidar uma testemunha.

A querela atual surge em uma disputa que já expôs e-mails internos do Facebook e provocou uma onda de compras de US$ 39 milhões em imóveis para preservar a tranquilidade da casa de dois andares de Zuckerberg em Palo Alto, Califórnia.

Enquanto ambos os lados proferem calúnias para minar a credibilidade do outro, o caso se aproxima do julgamento marcado para novembro, que poderia revelar mais detalhes desconcertantes.

Saber se o incorporador fez com que uma oferta concorrente aparecesse em um passe de mágica para que seu processo ficasse mais atraente talvez seja um desses detalhes.

Preço ‘com desconto’

Os advogados de Zuckerberg, com a ajuda do detetive particular Zachary Fechheimer, de São Francisco, vêm investigando a oferta de US$ 4,3 milhões que Voskerician afirma ter recusado.

O incorporador disse que fez um preço “com desconto” para Zuckerberg por causa das apresentações empresariais incluídas no acordo.

James Sagorac, um amigo de Voskerician que atuava como intermediário na oferta original, inicialmente se recusou a identificar o cliente que ele representava, disseram os advogados de Zuckerberg.

Sob ordens do juiz, o advogado de Voskerician deu a Zuckerberg informações de contato do cliente de Sagorac, identificado como um advogado na África do Sul, de acordo com um documento do tribunal estatal de San Jose, Califórnia.

Os advogados de Zuckerberg afirmam que não conseguiram confirmar que o sul-africano esteja registrado como advogado nesse país.

O sul-africano, por sua vez, revelou que a oferta foi realizada em nome de um príncipe, de acordo com o documento judicial.

Embora os advogados de Zuckerberg aleguem que o detetive particular só esteja cumprindo seu papel para examinar a “boa-fé” de Sagorac, o advogado de Voskerician, David Draper, tem uma opinião diferente.

Essa investigação é parte de um “esforço extremo para difamar publicamente” Sagorac, que é “irrelevante” para o processo, e uma distração das queixas centrais de fraude contra Zuckerberg, disse Draper, em um documento judicial.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetmark-zuckerbergPersonalidadesPrivacidadeRedes sociais

Mais de Tecnologia

EUA impõem novas restrições emchips avançados da TSMC para clientes chineses, diz agência

Tencent e Visa lançam pagamento por palma da mão em Cingapura; primeiro mercado fora da China

Mídia programática com influenciadores: o plano da BrandLovrs para distribuir R$ 1 bi em 4 anos

Canadá ordena fechamento do escritório do TikTok, mas mantém app acessível