Tecnologia

Descoberto material que pode transformar CO2 em combustível

Sistema poderia ser instalado dentro de uma chaminé, por exemplo, capturando os gases do efeito estufa antes mesmo que eles fossem liberados na atmosfera


	Poluição em usina: novo composto foi chamado de tetrâmero de cobre e consiste em pequenos grupos de quatro átomos de cobre
 (Getty Images)

Poluição em usina: novo composto foi chamado de tetrâmero de cobre e consiste em pequenos grupos de quatro átomos de cobre (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2015 às 11h16.

São Paulo - No mundo da pesquisa energética, a tecnologia de captura de carbono é vista como uma das fronteiras finais: imagine se existisse um composto químico capaz de retirar todo o tipo de gás causador do efeito estufa da atmosfera. Os cientistas do Departamento de Energia dos Estados Unidos fizeram isso, ao identificar um novo material que não apenas captura CO2, mas o converte em combustível.

O novo composto foi chamado de tetrâmero de cobre e consiste em pequenos grupos de quatro átomos de cobre, unidos por uma camada fina de óxido de alumínio.

Os tetrâmeros de cobre se ligam ao CO2 e ajudam a acelerar sua conversão em metanol, que pode ser armazenado ou queimado em forma de combustível.

O sistema poderia ser instalado dentro de uma chaminé, por exemplo, capturando os gases do efeito estufa antes mesmo que eles fossem liberados na atmosfera.

Atualmente, o processo industrial usado para transformar dióxido de carbono em metanol usa um catalisador de cobre, óxido de zinco e óxido de alumínio.

Mas essa tecnologia é pouco eficiente, já que o número de átomos de carbono capturados pelo sistema é mínimo. Mas o catalisador criado pelos cientistas do governo americano ainda está longe de estar pronto para ser usado em larga escala.

Até agora, os cientistas conseguiram fabricar apenas pequenas quantidades do material, cuja durabilidade em longo prazo ainda é incerta.

"Existe uma chance de que os tetrâmeros de cobre se decomponham quando colocados em um ambiente industrial. Por isso, garantir sua durabilidade é um passo crítico para o futuro da pesquisa", afirma Larry Curtiss, pesquisador do Departamento de Energia americano que participou do estudo.

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