Tecnologia

Cuba começará teste clínico de vacina contra o pneumococo

O pneumococo é o agente patogênico de pneumonias, meningites e sepsias

Os imunizantes são desenvolvidos por instituições do denominado Pólo Científico do oeste de Havana (©AFP/Arquivo)

Os imunizantes são desenvolvidos por instituições do denominado Pólo Científico do oeste de Havana (©AFP/Arquivo)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 09h55.

Havana - Cientistas cubanos pretendem iniciar este ano o teste clínico de uma vacina de produção nacional contra a bactéria do penumococo, que provoca pneumonia, meningite e sepsia, anunciou nesta quinta-feira uma respeitada pesquisadora local.

A diretora do Instituto Finlay de Havana, Concepción Campa, citada pelo jornal oficial Granma, afirmou que "Cuba iniciará este ano os primeiros testes clínicos da vacina contra o pneumococo", elaborada por cientistas da institução e do Centro de Química Biomolecular da ilha.

Campa chefiou a equipe que criou a vacina Va-Mengoc-BC, a primeira e única no mundo eficaz contra o meningococo do grupo B, segundo o Instituto, um centro dedicado à pesquisa e ao desenvolvimento de antígenos.

"A pneumonia é uma das causas de morte, não só de crianças, mas também de idosos, e esta vacina (...), depois das pesquisas em humanos, ficará à disposição de adultos e crianças para poder controlar a doença", acrescentou a pesquisadora.

O pneumococo é o agente patogênico de pneumonias, meningites e sepsias.

Segundo o jornal, Campa deu uma palestra sobre o impacto que tiveram na saúde pública da ilha "as mais de dez vacinas elaboradas" por suas instituições científicas, no âmbito do XVI Seminário Internacional da Associação Médica do Caribe (AMECA), que se celebra em Havana.

Entre elas, além da Va-Mengoc-BC, estão uma vacina contra a hepatite B, que Cuba exporta para 40 países, a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão e outra pentavalente (contra difteria, tosse coqueluche, tétanos, hepatite B e a bactéria haemophilus influenzae tipo B), que Cuba aplica em seu programa de vacinação infantil.

Os imunizantes são desenvolvidos por instituições do denominado Pólo Científico do oeste de Havana, com mais de 20 centros de pesquisa, produção e comercialização de produtos biotecnológicos, com exportações da ordem de 400 milhões de dólares ao ano.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaDoençasVacinas

Mais de Tecnologia

Pressionado, Biden afrouxa regras ambientais para construção de fábricas de chips e data centers

Sundar Pichai prevê anos de batalhas judiciais para o Google em processos antitruste

TikTok vai encerrar serviço de música após tentativa de competir com Spotify e Apple

Os objetivos de Mark Zuckerberg para a próxima década