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Criadores de conteúdo falso no Facebook ficam melhores em evitar detecção

Pesquisador do Digital Forensic Research Lab disse que páginas removidas recentemente usavam mais textos copiados da internet do que linguagem original

Facebook: empresa disse que removeu 32 páginas e contas falsas da rede envolvidas no que chamou de "comportamento não autêntico coordenado" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Facebook: empresa disse que removeu 32 páginas e contas falsas da rede envolvidas no que chamou de "comportamento não autêntico coordenado" (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2018 às 16h00.

Washington - Criadores de contas e páginas de notícias falsas no Facebook estão aprendendo com seus erros e se tornando mais difíceis de rastrear e identificar, criando novos desafios para a tarefa de evitar que a plataforma seja usada para desinformação política, dizem especialistas em segurança.

Isso ficou claro quando o Facebook tentou determinar quem criou as páginas que, segundo eles, visavam semear discórdia entre eleitores dos EUA antes das eleições parlamentares de novembro. A empresa disse na terça-feira que havia removido 32 páginas e contas falsas do Facebook e Instagram envolvidas no que chamou de "comportamento não autêntico coordenado".

Enquanto os Estados Unidos aprimoram esforços para monitorar e erradicar essas ações, os fakers continuam se aperfeiçoando, afirmam especialistas em segurança digital.

Ben Nimmo, pesquisador do Digital Forensic Research Lab, disse que percebeu que as páginas removidas recentemente usavam mais textos copiados da internet do que linguagem original.

"Erros linguísticos os denunciaram antes, entre 2014 e 2017", disse Nimmo à Reuters. "Em alguns desses casos mais recentes parece que eles perceberam isso escrevendo menos (material original) ao publicar conteúdos. Com seus materiais mais longos às vezes compostos apenas por conteúdo copiado de algum site norte-americano. Isso os torna menos suspeitos."

O anúncio anterior do Facebook sobre o assunto de contas falsas, em abril, conectou diretamente um grupo russo conhecido como Internet Research Agency a uma miríade de publicações, eventos e propagandas que foram colocados no Facebook antes da eleição presidencial dos EUA em 2016.

Desta vez, o Facebook não identificou a fonte da desinformação.

"É claro que quem configurou essas contas foi muito mais longe para ocultar sua identidade verdadeira do que a Internet Research Agency fez no passado", disse a rede social em seu site na terça-feira ao anunciar a remoção das páginas falsas. "Nossa perícia técnica é insuficiente para atribuir responsabilidade neste momento."

O Facebook informou que compartilhou evidências ligadas às últimas publicações sinalizadas com vários parceiros do setor privado, incluindo o Digital Forensic Research Lab.

O Facebook também disse que o uso de redes virtuais privadas, serviços de telefonia pela internet e moeda doméstica para pagar por anúncios ajudou a ocultar a fonte das contas e páginas falsas. Os perpetradores também usaram terceiros, que o Facebook se recusou a nomear, para publicar conteúdo.

Os principais assessores de segurança nacional do presidente norte-americano, Donald Trump, disseram nesta quinta-feira que a Rússia está por trás das tentativas generalizadas de interferir nas eleições de novembro e que acreditam que os russos vão continuar tentando interferir nas eleições de 2020.

Dois funcionários da inteligência dos EUA que pediram anonimato disseram à Reuters nesta semana que não havia provas suficientes para concluir que a Rússia estava por trás da mais recente campanha no Facebook. No entanto, um deles disse que "as semelhanças, objetivos e metodologia relativos à campanha russa de 2016 são bastante notáveis".

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