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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h16.
O presidente e executivo-chefe da Nokia, Jorma Ollila, apontou o Brasil entre os cinco países que vão puxar o crescimento da telefonia celular em todo o mundo. De acordo com as previsões da companhia finlandesa, a base de telefones móveis vai atingir 2 bilhões de unidades em 2008. Hoje, há 1,2 bilhão de celulares no mundo. "Esta é a segunda vez que venho ao Brasil neste ano", afirmou Ollila. "Isso é um sinal da importância da América Latina, e em especial do Brasil, nos planos da Nokia." A região corresponde a 6% do faturamento da empresa, dos quais o país responde por metade.
Ao lado do Brasil, Ollila apontou Índia, China, Rússia e Tailândia como os países onde a demanda seguirá crescente. "Daqui em diante, o crescimento vai acontecer porque os serviços de telefonia celular vão ficar mais baratos que os de linhas fixas", disse Ollila em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (11/9), em São Paulo. "A linha sem fio será a primeira e provavelmente a única a ser adquirida (pelos novos usuários)." Para atender aos mercados emergentes, responsáveis por 80% dos novos usuários de telefonia celular, de acordo com a estimativa da empresa, é necessário desenhar uma nova estratégia. Segundo Ollila, os quatro pontos mais importantes são: terminais mais baratos, redes com custos de manutenção mais baixos, novos modelos de negócios para as operadoras e custos de aquisição de clientes mais baixos.
O executivo-chefe da Nokia falou sobre o lançamento, há duas semanas, de uma nova linha de produtos que atende a justamente esses pontos. Apresentada simultaneamente na Rússia e na Índia, a linha 1100 compreende aparelhos de baixo custo e redes desenhadas para a otimização do tráfego de voz e de mensagens de texto simples. "Queremos reduzir as despesas de capital das operadoras", afirmou Ollila.
Visita a Lula
Na quarta-feira (10/9), Ollila esteve em Brasília, em reunião com Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo da visitao foi alertar as autoridades brasileiras sobre a importância do desembaraço rápido dos produtos destinados à exportação. No ano passado, a Nokia exportou mais de 500 milhões de dólares de sua fábrica de Manaus.