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Cresce o uso da biometria pelas empresas

Maior segurança e economia no controle do acesso de funcionários e visitantes são algumas das razões para a adoção do sistema

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h17.

A identificação pessoal por meio de características físicas, como a íris ou as digitais, está ganhando espaço nas empresas. A biometria, como é chamada, já não se restringe a áreas em que o controle de pessoas é necessário por motivos de segurança, como instalações militares, centros de pesquisa e instituições financeiras. Cada vez mais, a tecnologia é usada também para substituir os meios tradicionais de controle de freqüência (como os crachás magnéticos). E, em alguns casos, assume outras funções, como avaliar a satisfação do cliente.

É o caso da Seven Idiomas, rede de escolas que conta com 5 mil alunos e 150 professores em sete unidades em São Paulo, São Caetano do Sul e Vinhedo. Desde janeiro, a rede desenvolve um projeto-piloto de biometria na sua principal unidade, instalada na rua Augusta, em São Paulo. Em parceria com a empresa curitibana BioAccess, a Seven desenvolveu um aparelho de biometria digital que também mede o grau de satisfação dos alunos após as aulas.

O sistema é simples: basta que a pessoa encoste um dedo no leitor óptico para que sua presença fique registrada, dispensando as listas de chamada dos professores e a verificação posterior da secretaria. Feito isso, o aluno pode registrar sua avaliação da aula: muito boa (verde), boa (azul), regular (amarelo) e ruim (vermelho). O sistema ganhou até nome registrado pela escola: Satisfatômetro.

Alunos satisfeitos

É na pesquisa de satisfação que a empresa mais aposta. Ao avaliar diariamente o grau de interesse dos alunos, a escola pode rever procedimentos de aula e elevar a motivação dos clientes em permanecer no curso. "Nosso ganho financeiro está em conseguirmos manter alunos que estavam insatisfeitos e pensando em desistir", afirma Steven Beggs, diretor de Marketing da Seven.

Para equipar todas as suas unidades com aparelhos de biometria até o próximo ano, a Seven investirá entre 30 mil e 40 mil reais. Cada aparelho custa cerca de 3 500 reais, aproximadamente o mesmo que um aluno desembolsa para cursar um estágio de determinado idioma. "Se conseguirmos evitar a desistência de um aluno por aparelho, o investimento já estará pago", diz Beggs.

Atualmente, cerca de 7% dos alunos desistem a cada fase do curso. Como o uso da biometria na rede de idiomas ainda está em fase de testes, não há dados sobre a capacidade de evitar a evasão de matriculados. "Nossa intenção é reduzir a evasão, mas não sabemos até onde podemos chegar", afirma Beggs.

Demanda aquecida

A Folhamatic também está sentindo o aumento do interesse por sistemas de biometria só que do ponto de vista do fornecimento. Fundada há 14 anos no município paulista de Americana, a empresa especializou-se na venda de softwares de gestão e recursos humanos.

Há três anos, a empresa passou a oferecer também sistemas de controle de acesso com crachás magnéticos (os smartcards). Agora, o interesse dos clientes levou a empresa a investir em aparelhos e softwares de biometria. Há quatro meses, a Folhamatic lançou o Bio Fácil, um sistema de biometria por digitais. "Esperamos crescer de 15% a 20% somente com a biometria, num prazo de até dois anos", afirma o gerente-geral da empresa, Emerson Oliveira. No ano passado, a companhia faturou cerca de 15 milhões de reais.

Conforme Oliveira, a principal vantagem para as empresas é a redução de custos. No sistema de acesso por crachás, o custo de confecção de cada unidade varia de 2 reais (crachás com códigos de barras) até 18 reais (smartcards). Já na biometria, o executivo afirma que o custo de gravar a digital de um funcionário na memória do computador é insignificante.

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