Edward Snowden (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
Quito - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse nesta segunda-feira que seu governo decidirá "com absoluta soberania" sobre o pedido de asilo do ex-técnico da CIA Edward Snowden, acusado de espionagem pelos Estados Unidos, que reivindicam sua extradição.
"Olá país e o mundo. Para variar, outra semana complicada. Tenham a segurança que analisaremos muito responsavelmente o caso Snowden e tomaremos com absoluta soberania a decisão que acharmos mais adequada", disse Correa em sua conta no Twitter.
Esta foi a primeira reação de Correa sobre o pedido de asilo de Snowden, anunciado ontem e ratificado hoje do Vietnã pelo chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, que também disse que o governo do país andino estuda o pedido.
O ministro das Relações Exteriores do Equador declarou, em uma videoconferência realizada em Hanói, onde se encontra em visita oficial, que "o denunciado por Snowden afeta todos os cidadãos do mundo" e que o "denunciante está sendo perseguido pelo denunciado".
Para tomar uma decisão sobre o pedido, o Equador se baseará em sua Constituição, que defende a proteção da fonte e os direitos de asilo, assim como a liberdade de opinião e expressão da Declaração Universal dos Direitos Humanos, disse Patiño.
O ministro criticou os Estados Unidos por interceptarem a "maioria das comunicações do mundo" e depois perseguir Snowden por revelar este fato.
Ao solicitar asilo no Equador, o ex-técnico da CIA segue os passos do fundador do Wikileaks, Julian Assange, que há mais de um ano recebe a proteção desse país como asilado na embaixada equatoriana em Londres para evitar sua extradição a Suécia por supostos delitos sexuais.