Tecnologia

Conteúdo móvel movimentará US$ 131 bilhões em 2016

Segundo estudo da Informa Telecoms & Media, o sucesso das lojas de apps é o principal motivo para esse crescimento

Aplicativos no iPad: as teles perderam espaço na oferta de conteúdo para lojas como a App Store e o Google Play (Getty Images)

Aplicativos no iPad: as teles perderam espaço na oferta de conteúdo para lojas como a App Store e o Google Play (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 11h14.

São Paulo - O mercado de conteúdo móvel vem passando por uma transformação radical nos últimos anos do ponto de vista de modelo de negócios, especialmente no que diz respeito ao papel das operadoras. Se antes lideravam e concentravam as ofertas e o contato com o consumidor, as teles passaram a ter uma papel coadjuvante, em razão do sucesso de lojas de aplicativos over-the-top (OTT), como App Store, Google Play etc.

A tradução dessa tendência em números aparece em um novo relatório publicado pela Informa Telecoms & Media: a participação das operadoras na receita mundial de conteúdo móvel cairá de 44% em 2011 para 31% em 2016. Por "conteúdo móvel", a Informa entende música, jogos, vídeos, TV, chats, mensagens de texto, mensagens multimídia, IMs, tudo feito no celular.

A receita mundial de conteúdo móvel subirá de US$ 40,7 bilhões em 2011 para R$ 131 bilhões em 2016, prevê a Informa. Cabe ressaltar que não estão incluídas na conta as receitas com tráfego de dados; com publicidade; e nem com mensagens peer-to-peer (P2P), ou seja, mensagens trocadas diretamente entre usuários. Essa ressalva é importante, porque essas outras fontes de receita costumam atrapalhar a análise do mercado de conteúdo móvel em outras pesquisas e mesmo nos balanços das operadoras.

Billing

Mas nem tudo está perdido para as teles. O mesmo relatório da Informa aponta o caminho para compensar a queda na receita com conteúdo móvel: o uso das plataformas de billing das operadoras na cobrança de apps e de vendas in-app. Algumas lojas de aplicativos já firmaram parcerias com operadoras para oferecer essa modalidade de pagamento ao consumidor, como a Nokia Store, o Google Play e o BlackBerry World.

Ou seja, em vez de usar um cartão de crédito, o usuário é debitado em sua conta telefônica. Obviamente, as teles ficam com uma parte da receita. Neste caso, a Informa prevê que a participação das teles no faturamento com aplicativos móveis subirá de 10% em 2011 para 17%, em 2016.

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