Compre agora, pague depois: modelo de pagamento tem se tornado popular fora do Brasil (agrobacter/Getty Images)
Repórter
Publicado em 27 de novembro de 2023 às 15h11.
Última atualização em 27 de novembro de 2023 às 15h37.
Em um contexto de aumento de preços, taxas de juros elevadas e incertezas econômicas, o modelo de pagamento "Compre agora, pague depois" (BNPL, na sigla em inglês) ganhou espaço como alternativa na hora de fazer compras em mercados globais e no qual o modelo, até então, não era uma opção.
Com pegada tech, proposta por aplicativos de pagamentos como o PayPal, o BNPL representou 5% do volume total de transações de comércio eletrônico no ano passado, projetando um crescimento anual de 16% até 2026. Já no Brasil o cenário é muito mais intenso: 62% dos compradores que fazem compras com cartão de crédito cada mês, segundo a Abecs.
Segundo a Fidelity National Information Services (FIS), atualmente mais de 200 provedores globais oferecem empréstimos parcelados no momento do checkout da compra.
E o quesito facilidade de compra tem elevado a concorrência. Fintechs como Klarna e Afterpay, estão disputando espaço com provedores de pagamento digital estabelecidos, bancos, gigantes da tecnologia e companhias de cartão de crédito no mercado de BNPL, que ainda é considerado emergente.
Segundo dados da Statista Consumer Insights, o PayPal, com sua opção "Pay in 4" sem juros, é o fornecedor de BNPL mais popular nos Estados Unidos atualmente.
Dentre os usuários de BNPL consultados, 68% afirmaram ter utilizado a opção de Compra Agora, Paga Depois do PayPal nos últimos 12 meses.
Em segundo lugar está o Amazon Pay Later, com uma penetração de 26,5%, seguido de perto por Afterpay, Affirm e Klarna, utilizados respectivamente por 25,9%, 21,9% e 21,5% dos usuários de BNPL.