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Computadores estão em 24% dos lares brasileiros

Pesquisa do Comitê Gestor da Internet (CGI) mostra que uma em cada quatro residências possui um PC. Acesso à internet está presente em 17% delas

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h35.

O volume de residências brasileiras que mantém pelo menos um computador em uso cresceu ao longo do ano passado, juntamente com o acesso à internet. Segundo pesquisa do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) do Comitê Gestor da Internet, 24% dos lares mantinham um PC em 2007, o que significa uma a cada quatro residências. No ano anterior essa proporção era de 20%, ou um computador a cada cinco moradias.

O crescimento mais expressivo da distribuição de equipamentos aconteceu em lares com renda entre três e cinco salários mínimos, fatia da população à qual foi destinada a iniciativa Computador para Todos, criada em 2005 pelo governo federal. Equipamentos pertencentes ao projeto têm isenção de PIS e Cofins e também podem ser financiados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

"A política de incentivos do governo que tinha por objetivo incluir digitalmente a população da classe C deu resultados e hoje a distribuição dos computadores nessa camada é a que mais cresce", diz Rogério Santanna, secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento e integrante do NIC.br. A penetração de computadores na classe C passou de 23% para 40% nos últimos dois anos.

Ainda segundo o levantamento, as duas regiões com maior penetração dos computadores são Sul e Sudeste, enquanto Norte e Nordeste contabilizam a menor distribuição.

O sistema operacional Windows, da Microsoft, está presente em 86% das máquinas frente a apenas 1% do Linux, o que surpreende especialmente pelo fato de que as máquinas comercializadas pelo programa Computador para Todos incluem somente o software aberto. A tese mais provável para a alta penetração do software da Microsoft é que o usuário compra o PC com Linux e o substitui por uma cópia de Windows pirata.

"Não posso afirmar que esse é um indicador de pirataria, mas digo que os preços praticados pela Microsoft são excludentes para a classe C", complementa Santanna. O último levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) - conduzido um ano após o início do programa federal - mostrou que 73% dos compradores de computadores com Linux substituíam o software. Dessa amostra 47% não pagaram nada pela troca, em um forte indício de pirataria.

Conectividade crescente

Em relação ao acesso à internet, o levantamento revela que 17% dos lares possuem conexão, três pontos percentuais a mais do que em 2006. Novamente as regiões Sul e Sudeste encabeçam a lista. A alta penetração do acesso em banda larga chamou a atenção dos pesquisadores: 50% de quem está conectado usa a internet rápida, comparados a 42% via linha discada.

"O uso da banda larga é proporcional à renda e à escolaridade. O desafio está em popularizar o acesso rápido também à população de baixa renda", diz o secretário. Para 32% dos que não têm acesso em banda larga, custo é a principal barreira. No entanto, o principal motivo declarado que leva o brasileiro a não usar a internet é a falta de habilidade (55%).

Pela primeira vez desde o início da pesquisa, mais da metade da população brasileira com mais de 10 anos (53%) informou já ter usado um computador. Entre esses usuários de PCs, 53% declararam utilizá-lo diariamente e outros 33% apontaram o uso pelo menos uma vez por semana.

As lan houses e telecentros têm se mostrado alternativas viáveis para quem não tem computador ou acesso à internet.

Adesão à mobilidade

O NIC.br analisou ainda a penetração de telefonia celular na população brasileira. Em 2007, 51% da população possuía telefone celular. Entre os proprietários de celular, 90% são usuários da modalidade pré-paga e 40% possuem acesso à internet. No entanto, efetuar e receber chamadas é a principal atividade desenvolvida com o aparelho, citada por 77% da base.

A pesquisa foi realizada entre os meses de setembro e novembro do ano passado e analisou 17 mil residências na área urbana.

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