Tecnologia

Computadores do governo alteraram Wikipedia, diz Folha

Computadores da Presidência da República e do Serpro foram usados para fazer edições favoráveis ao governo na Wikipedia, diz a Folha de S. Paulo


	Wikipedia: 11 computadores alteraram páginas ligadas a Alexandre Padilha, José Serra e Passe Livre
 (Peter MacDiarmid/Getty Images)

Wikipedia: 11 computadores alteraram páginas ligadas a Alexandre Padilha, José Serra e Passe Livre (Peter MacDiarmid/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 10h40.

São Paulo - Páginas da Wikipedia foram editadas a partir de computadores do Governo Federal entre 2008 e 2014, afirma o jornal Folha de São Paulo.

De acordo com levantamento da Folha, 11 computadores da Presidência da República e do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) alteraram páginas ligadas aos políticos Alexandre Padilha (PT) e José Serra (PSDB) e ao Movimento Passe Livre (MPL).

Segundo o jornal, foi possível descobrir que os computadores pertencem aos respectivos órgãos graças ao rastreamento do endereço IP das máquinas a partir das quais foram feitas as edições - informação que é registrada pela Wikipedia.

O Serpro disse à Folha que não pode comentar as alterações em função da lei 5.615, de 1970, que estabelece sigilo para as operações realizadas pelo órgão.

A retirada de referências a denúncias de corrupção da página de Padilha, a alusão ao uso de "depredação e violência" por parte do MPL e a afirmação de que Serra pretenderia "acabar com estatais" estão entre as alterações identificadas pela Folha.

Nenhuma delas foi mantida no ar por infringirem as regras de uso da Wikipedia.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre PadilhaComputadoresGovernoJosé Serramobilidade-urbanaMovimento Passe LivrePersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosTransporte públicoWikipedia

Mais de Tecnologia

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma