MIcrosoft: negócio de nuvem se torna maior do que o de Windows e Office (GettyImages/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 19 de julho de 2019 às 12h32.
Última atualização em 19 de julho de 2019 às 14h34.
São Paulo – Nesta semana, a Microsoft anunciou os resultados financeiros do seu quarto trimestre fiscal. Pela primeira vez, o negócio de computação em nuvem da empresa gerou mais receita do que a divisão de produtividade e computação pessoal da companhia, que engloba o sistema operacional Windows e o pacote de produtividade Office (Word, PowerPoint e Excel).
A divisão de "nuvem inteligente" gerou 11,4 bilhões de receita, registrando crescimento de 64% ante o ano anterior.
O crescimento dos negócios de computação em nuvem fez o valor de mercado da Microsoft superar 1 trilhão de dólares pela primeira vez em abril.
A divisão de computação teve receita de 11,3 bilhões de dólares no período. Além do Windows e do Office, essa área da empresa inclui o console de games Xbox, buscador rival do Google chamado Bing e os computadores da linha Surface – não vendidos oficialmente no mercado brasileiro.
O lucro líquido da Microsoft chegou a 13,19 bilhões de dólares no seu último trimestre, que terminou em 30 de junho. O valor é maior do que o registrado no mesmo período no ano passado, que era de 8,87 bilhões.
Apesar da virada da computação em nuvem em relação à unidade de produtividade e computação, a velocidade de crescimento do Microsoft Azure, solução de cloud da empresa, diminuiu. No ano passado, o crescimento registrado na unidade foi de 89% e, agora, foi de 64% em relação ao mesmo período em 2018.
Ainda assim, o setor tem previsão de crescimento para os próximos anos. De acordo com a consultoria MarketsAndMarkets, o faturamento do mercado de computação em nuvem atingirá 623,3 bilhões de dólares em 2023. A taxa de crescimento anual prevista é de 18%, o que levará o faturamento de 2018, 272 bilhões de dólares, a um crescimento total de 130% no período. Já o mercado de computadores, apesar de ainda ter inovação por parte de fabricantes como Lenovo, Dell, Samsung, Asus e LG, seguirá com previsão de estabilidade e pouco crescimento nos próximos anos.