São Paulo - O principal executivo do Facebook no Brasil, Alexandre Hohagen, defendeu que a invenção do compartilhamento foi a principal contribuição da empresa em que trabalha para a internet e uma forma da web ajudar o mundo a evoluir.

Durante palestra na Campus Party Recife, Hohagen disse que mudanças de comportamento e novos conceitos, historicamente, demoravam décadas para serem assimilados, o que fazia o mundo se transformar devagar e de forma diferente em cada região geográfica. Com a conexão do mundo em rede, no entanto, esse processo se acelerou velozmente, disse Hohagen.

O executivo agrupou um bom número de campuseiros para ouvir sua explanação. Segundo Hohagen, a vida está mudando de uma forma mais acelerada agora porque, antes, a informação e conexão entre pessoas acontecia de forma apenas linear. De acordo com Hohagen, não existia a fragmentação das várias mídias que vemos hoje num passado recente, quando o rádio e a TV dominavam a comunicação no mundo.

Segundo o executivo, o avanço da tecnologia foi o principal responsável por essa mudança. Hoje um simples Wii, da Nintendo, tem mais processamento do que a Apolo 13 quando foi para Lua”, exemplificou. Durante a palestra, o executivo destacou a velocidade e conexão entre as pessoas e o impacto das interconexões no comportamento humano.

A superconexão entre as pessoas, disse Hohagen, é a principal característica por trás do sucesso de companhias como Google, Apple e o próprio Facebook. “Acredito que nesse grupo aqui presente existam vários novos talentos. Há 15 anos nenhuma destas grandes empresas (Google e Facebook) existia. Qualquer um de vocês pode ser o criador da próxima novidade que vai bombar na internet”, disse. Segundo Hohagen, isso só é possível porque a informação online é a mesma para todos.

Na opinião de Hohagen, o Facebook contribui para esse fenômeno (disseminação da informação) por ter disseminado o conceito de compartilhamento. Na visão dele, a rede influenciou a maneira de se utilizar a internet, que antigamente era vista apenas como um veículo de captura de informação, mas hoje é também um veículo de compartilhamento.

“Posso comparar o marketing de antigamente a um jogo de boliche. Eram targets. Isso está mudando, agora parece um Pinball. Quanto mais essa bolinha quicar no compartilhamento, sua informação tem mais poder", completou.