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Como o Brasil está educando para inovar

O Brasil melhorou a sua posição na educação para inovação nos últimos anos

DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 10h00.

O Brasil melhorou a sua posição na educação para inovação nos últimos anos. Cerca de 17% das despesas públicas são com educação – com um valioso reforço dos royalties do pré-sal prestes a melhorar esse índice nos próximos anos; somos o 13º país do mundo em pesquisas científicas; e, por ano, registramos 2 700 pedidos de patentes e 8 bilhões de dólares em exportações de alta tecnologia. De acordo com o Barômetro Global da Inovação GE 2013, quase 90% dos executivos brasileiros concordam que a sociedade apoia a inovação, havendo um apetite es-pecial das jovens gerações sobre o assunto – dez pontos a mais que a média global. Mas há muito espaço para crescer.

“Admiramos o que aconteceu de bom nessas últimas décadas. Mas temos que ser mais ambiciosos. Precisamos massificar a prática da ciência e convencer a inicia-tiva privada de que vai ganhar mais dinheiro se investir em pesquisa básica e em pesquisa aplicada”, analisa o neurocientista Miguel Nicolelis, um dos maiores pesquisadores brasileiros. O Instituto Internacional de Neurociência de Natal, que ele fundou, é um exemplo de como centros de pesquisa de ponta no Brasil podem atrair pesquisadores do mundo inteiro.

Uma grande preocupação dos executivos brasileiros, conforme revelou a pesquisa encomendada pela GE, é que há um “descolamento” entre o que é ensinado em muitos centros técnicos e faculdades e o que os setores produtivos necessitam para inovar. Para reparar essa situação, uma das estratégias adotadas pelo governo é semelhante ao que foi feito em países como Chile e Coreia do Sul, e deu certo: mandar mais estudantes para o exterior, ter contato com mais pesquisas e em-presas inovadoras.

É o que pretende o programa Ciência sem Fronteiras, que distribui bolsas em áreas essenciais como ciências exatas, biomédicas, tecnológicas e da área de energia. Para o sucesso desse programa, é importante que boa parte dessa força de trabalho que está sendo treinada no exterior não fique apenas na academia, mas entre já no mercado de trabalho. O programa especial de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação no Exterior, criado este ano, pretende levar para fora do Brasil por um ano mais de 7 000 bolsistas até 2015. Eles desenvolverão projetos de pesquisa ou estágio nas empresas ou instituições.

A GE é uma das empresas parceiras do governo no Ciência sem Fronteiras e já está oferecendo estágios em unidades do exterior para estudantes que fazem parte do programa. Em 2012, foram dez vagas e, em maio deste ano, outros 21 estudantes começaram a estagiar em unidades globais da GE Aviation, GE Transportation, GE Oil & Gas e nos Centros de Pesquisas Globais da GE.

Mesmo para os estudantes que ficam no Brasil, há bastante oportunidade de co-nhecer a inovação de perto. Em julho, 41 estudantes universitários fizeram um estágio intensivo em seis unidades da GE em São Paulo e Minas Gerais. Nesse pe-ríodo, eles tiveram o desafio de criar inovações na linha de produção usando a metodologia do Lean Manufacturing. Os avanços ficarão em destaque nos seus currículos e poderão garantir uma vaga nas empresas inovadoras do país.

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