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Comércio eletrônico brasileiro faz seu primeiro bilhão em 2003

No ano em que o varejo tradicional registrou uma de suas maiores perdas, o comércio eletrônico cumpriu a meta prometida e encerrou 2003 com um volume de vendas de 1,18 bilhão de reais - um crescimento de 38,9% em relação ao ano de 2002. O número é de um estudo da empresa de pesquisa e-bit […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h36.

No ano em que o varejo tradicional registrou uma de suas maiores perdas, o comércio eletrônico cumpriu a meta prometida e encerrou 2003 com um volume de vendas de 1,18 bilhão de reais - um crescimento de 38,9% em relação ao ano de 2002. O número é de um estudo da empresa de pesquisa e-bit com a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico. A projeção de crescimento para 2003 era de 40%, mas foi afetada pelo desempenho do setor no primeiro semestre do ano passado. "O desempenho do primeiro semestre de 2003 foi abaixo do esperado, mas a partir do terceiro trimestre as coisas começaram a melhorar", diz Pedro Guasti, diretor geral da e-bit.

Em dezembro, mês mais forte do ano em compras, as vendas chegaram a 204 milhões de reais, contra 122,5 milhões de reais no mesmo mês de 2002.

O estudo também revela que CDs, DVDs, fitas de vídeo em VHS e livros continuaram liderando o ranking dos produtos mais vendidos pela internet, embora tenha crescido o volume de compras de brinquedos, eletrodomésticos, computadores e câmeras digitais. Em dezembro de 2002, segundo a e-bit, os CDs, DVDs e fitas respondiam por 40% do número total de pedidos do comércio eletrônico. Já em novembro deste ano, a participação desses produtos foi de 36%.

Na direção contrária, os eletrodomésticos, que tinham uma participação de 7,5% em dezembro de 2002, responderam por 8% em novembro de 2003, assim como computadores e softwares, que nos mesmos meses comparados, cresceram sua participação de 3,5% para 4,%.

Embora o aumento dos percentuais nas vendas sejam pequenos, Guasti afirma que eles desempenham papel importante no aumento do valor do ticket médio. Em maio de 2001, o valor médio gasto pelo consumidor em cada compra pela internet era de 209 reais. Em maio de 2003 esse valor havia subido para 289 reais e em meses como agosto, influenciado pelo Dia dos Pais, e novembro, já sob efeito do Natal, ele chegou a 302 reais.

O número de internautas que realizou, no mínimo, uma compra pela internet também subiu de 1,7 milhão de pessoas em 2002 para 2,5 milhões em 2003.

Transações mais amplas
O volume total movimentado pelo varejo on-line em 2003, incluindo os valores gerados pelas vendas de veículos e passagens aéreas, foi de 5,1 bilhões de reais. O número é de um outro um estudo realizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico em parceria com a empresa de pesquisa E-Consulting. Para este ano, a projeção é de um crescimento de 13% em relação a 2003.

Segundo o estudo, o comércio de veículos pela internet e o de passagens aéreas movimentou 3,2 bilhões de reais e 530 milhões de reais, respectivamente. Já as transações feitas entre empresas, o chamado B2B, passou de 36,5 bilhões de dólares em 2002, para 42,1 bilhões de dólares no ano passado. Desse valor, 89,5% foram movimentados entre companhias. O restante foi negociado dentro dos chamados marketplaces, que reúnem toda a cadeia produtiva de um determinado setor em um só portal.

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