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Com Oi, Telemar quer controlar migração do fixo para celular

A operação de compra da Oi pela Telemar - anunciada ontem (28/5) pela operadora de telefonia fixa do Rio de Janeiro - reforça a estratégia da empresa de controlar a migração de usuários de serviços de telefonia fixa para serviços de telefonia celular. De acordo com Marcos Grodetzky, diretor de Finanças e de Relação com […]

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h47.

A operação de compra da Oi pela Telemar - anunciada ontem (28/5) pela operadora de telefonia fixa do Rio de Janeiro - reforça a estratégia da empresa de controlar a migração de usuários de serviços de telefonia fixa para serviços de telefonia celular. De acordo com Marcos Grodetzky, diretor de Finanças e de Relação com Investidores da operadora fixa, a Telemar perdeu 130 mil clientes no primeiro trimestre deste ano, enquanto em 2002 havia ganhado 200 mil novos assinantes. "A aquisição da Oi teve como uma de suas motivações a estratégia de controle da demanda", diz ele.

No início do ano, o número de telefones celulares em serviço no Brasil encostou no de telefones fixos, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel): eram 35 milhões de linhas móveis contra 38 milhões de fixas. Com o acesso facilitado ao celular - serviços pré-pagos e tarifas cada vez mais baratas - o serviço móvel passou a competir com o fixo. Por esse motivo, se tornou estratégico para operadoras de telefonia fixa, como a Telemar e a Telefônica, ter acesso ao mercado de telefonia móvel. "A idéia é passar a fornecer serviços integrados de telefonia móvel e fixa e, assim, melhorar a rentabilidade da empresa", afirma Grodetzky.

A Telefônica fez uma associação com a Telesp Celular - de onde nasceu a Vivo -, e a Telemar, por meio de sua holding Tele Norte Leste, comprou em 2001 uma licença de operação celular da Anatel e criou a Oi.

Com o negócio fechado ontem, o controle (99,9%) da celular passou para a operadora Telemar, que pagou um valor simbólico de 1 real e assumiu a dívida de 4,7 bilhões de reais. De acordo com Grodetzky, cada usuário da Oi custou 323 dólares - descontado o ganho fiscal que a operadora fixa terá com o negócio, algo em torno de 1,6 bilhão de reais.

A Oi, em operação desde julho de 2002, tem 2 milhões de clientes. Com a compra, a Telemar passa a ter 17 milhões. A estimativa da empresa é ganhar mais 1 milhão de novos usuários na operação celular, chegando a 3 milhões.

Recorde na bolsa
Especulações sobre a compra da Oi pela Telemar fizeram a ação da operadora fixa bater recorde histórico na Bovespa em maio. O volume negociado pelas duas ações (ON e PN) atingiu uma média diária de 154,5 milhões de reais, sendo 7,2 milhões referentes à ON e 147,3 milhões à PN. "A empresa nunca tinha conseguido negociar um volume tão elevado desde a sua criação", diz a consultoria Economática, que fez o cálculo.

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