Tecnologia

Com erros de sempre, Campus 2012 valoriza empreendedorismo

Após o fim da quinta edição, campuseiros aproveitam os últimos minutos para baixar ou subir arquivos na veloz conexão de 20 Gbps oferecida no evento

Quinta edição da Campus Party chega ao final (Maurício Grego)

Quinta edição da Campus Party chega ao final (Maurício Grego)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2012 às 11h31.

São Paulo - A quinta edição nacional da Campus Party acabou ontem, após a apresentação de seu último palestrante, Vince Gerardis, produtor da série “Game of Thrones”. Neste domingo, o cenário é composto por barracas sendo desmontadas e campuseiros aproveitando os últimos minutos para baixar ou subir arquivos  na veloz conexão de 20 Gbps oferecida pela organização.

Pela primeira vez, realizada no Pavilhão de Exposição do Anhembi, a edição da Campus Party somou alguns acertos e carregou alguns erros que já vinham de edições anteriores.

Em seu novo endereço, o evento praticamente dobrou de tamanho, o que proporcionou um melhor espaçamento entre os palcos. Com isso, o nível de interferência sonora entre um e outro também se reduziu. O ruído foi uma queixa recorrente em 2011, último ano da Campus na Centro Imigrantes, sua antiga casa em São Paulo.

Outro aspecto que parece estar mudando é a mentalidade do campuseiro, que cada vez mais vem à Campus Party atraído por possibilidades de negócios e networking do que apenas pela boa qualidade da banda larga oferecida. Prova disso é que os palcos sobre empreendedorismo e desenvolvimento, instalados no centro da arena, foram os mais frequentados durante os cinco dias de programação.

Ausência de grandes nomes - Acostumado a trazer grandes nomes do mundo da tecnologia, a edição 2012 do evento preferiu mudar o foco. Desta vez, apenas executivos de menor expressão - como o gerente de produtos da Rovio, Julien Fourgeaud, e o diretor da Wikimedia Commons, Kul Wadhwa - compareceram. Em contraposição, a edição 2011 teve como destaques o cofundador da Apple, Steve Wozniak e o ex-vice-presidente americano, Al Gore, por exemplo. Com isso, o palco principal também diminuiu de tamanho dentro do evento.


Empreendedorismo - Dois concursos de startups aconteceram este ano. Patrocinado pela Telefônica, o Wayra Costest escolheu, por meio da votação do público, um projeto nacional para participar da seletiva para a Wayra Week. A Wayra é reconhecida pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) como a maior iniciativa de empreendedorismo tecnológico.

O vencedor, que ainda não teve o nome divulgado, viajará ao Vale do Silício para acompanhar a semana de inovação, com os custos pagos pela Telefônica, além de ter a oportunidade de exibir seu projeto.

Em seu estande no evento, o Sebrae também realizou uma espécie de reality show de inovação, com três empresas iniciantes expondo suas dinâmicas e sendo acompanhadas por consultores. A ideia é que os campuseiros pudessem aprender com as melhores práticas – e os erros – dessas startups.

Problemas com segurança - Reclamação recorrente dos campuseiros, os problemas de segurança se repetiram nesta edição da Campus Party. Na quinta-feira, um homem foi detido dentro da arena, sem credencial, acusado de roubar notebooks.

Na sexta-feira, o problema voltou a acontecer, desta vez na área de camping. Segundo os campuseiros, cinco barracas foram roubadas. Revoltados, eles trouxeram as barracas para a frente do palco principal, onde o gerente de produtos da Rovio, Julien Fourgeaud, se apresentava. O diretor-geral da Campus Party, Mario Teza, chegou a interromper a apresentação para pedir calma. Ele afirmou que a segurança seria reforçada. “Mas vocês também são responsáveis pela nossa segurança”, pediu.

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