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Com ensino cada vez mais digital, uso de biometria facial avança

Instituições de ensino e provas devem adotar sistemas virtuais nos próximos anos

Biometria facial: instituições de ensino no Brasil estão se tornando digitais (Photographer is my life/Getty Images)

Biometria facial: instituições de ensino no Brasil estão se tornando digitais (Photographer is my life/Getty Images)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 28 de agosto de 2019 às 05h55.

Última atualização em 28 de agosto de 2019 às 06h06.

São Paulo - Em maio deste ano, empresa brasileira FullFace, especializada em tecnologia voltada para biometria facial, iniciou a utilização do serviço de reconhecimento facial para funcionários e alunos da Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo. Agora, o uso da tecnologia tornou-se obrigatório.

A intenção da empresa que é unir o mundo físico com o digital, simplificando os processos que antes eram possíveis apenas no mundo físico. É um diferencial tanto para escolas de ensino a distância (EAD) como para cursos presenciais. Em 2020, o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) terá sua primeira versão digital – ainda que a prova seja presencial, e não remota. O uso da biometria facial, portanto, facilita para que os aplicadores tenham uma confiança na autenticidade de dados virtuais, como a certeza de que o candidato está mesmo realizando sua própria prova.

Danny Kabiljo, presidente da empresa, informou a EXAME que um algoritmo próprio, o que significa que ela não troca informações com outras companhias. A velocidade também é um fator importante, de acordo com Kabiljo; o servidor é capaz de reconhecer o estudante em menos de um segundo. A identificação por meio dos pontos faciais também é mais compacta, já que pode ser feita através de um celular, computador ou tablet, não sendo necessário que as instituições de ensino possuam um leitor biométrico.

Já em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados, que exigirá, a partir de agosto de 2020, que a companhia não armazene dados dos usuários além do necessário e com consentimento específico para tanto, a FullFace utiliza todas as imagens para criar uma identificação facial de cada estudante. No entanto, elas são deletadas logo após de seu registro de identificação ser desenvolvido.

Um ponto negativo, porém, é que o investimento inicial de aplicação de reconhecimento facial em uma empresa ou instituição de ensino pode ser alto. No entanto, a tecnologia pode ter boa relação entre custo e benefício, segundo a FullFace. Faculdades e escolas passarão a gastar menos com impressão de documentos, provas e crachás. As plataformas poderão ser utilizadas tanto por alunos e corpo docente como por colaboradores, desde que estejam cadastrados no sistema. Além de faculdades, a companhia aérea Gol também já utilizou a tecnologia de reconhecimento facial da FullFace para a realização de check-in com biometria em seu aplicativo.

De acordo com estimativas da empresa de pesquisa de mercado ABI Research, o setor de biometria facial deve faturar cerca de 30 bilhões de dólares até 2021. Kabiljo disse que o serviço já está sendo implantado em outras instituições, apesar de não ter revelado quais.

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