Pneus (Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h28.
São Paulo - O Mundial de Fórmula 1 chega ao circuito alemão de Nurburgring, sede do Grande Prêmio da Alemanha, nona etapa do campeonato, com o "Caso Pirelli" monopolizando as atenções depois da sequência de estouros de pneus ocorridos no último domingo, na corrida em Silverstone.
Perto da metade da temporada, o GP da Grã-Bretanha teve sua parte esportiva deixada em segundo plano depois que o brasileiro Felipe Massa, o inglês Lewis Hamilton (Mercedes), o francês Jean Eric Vergne (Toro Rosso) e os mexicanos Sergio Pérez (McLaren) e Esteban Gutiérrez (Sauber) tiveram um dos pneus traseiros de seus carros estourados.
Os incidentes levaram a Associação de Pilotos de Grandes Prêmios (GPDA) a emitir um comunicado em que ameaça um boicote à prova na Alemanha caso ocorra problemas com os compostos. "Nós pilotos decidimos que nos retiraremos imediatamente da corrida caso se manifeste qualquer problema similar durante o Grande Prêmio da Alemanha, já que este problema evitável dos pneus põe em risco as vidas de pilotos, comissários e torcedores", afirmou a associação.
Diante dessa situação, a Pirelli decidiu que os compostos escolhidos para o fim de semana - o P Zero Branco médio e o P Zero amarelo macio - terão base de fibra sintética e não mais de aço, algo que já havia sido testado nos treinos livres no Canadá, a três semanas.
Assim, a redução da diferença do líder do Mundial, o alemão Sebastian Vettel (Red Bull), para os concorrentes, ficou em segundo plano. O atual tricampeão mundial abandonou a prova em Silverstone a poucas voltas do fim e viu sua vantagem para o segundo colocado, o espanhol Fernando Alonso (Ferrari), diminuir para 21 pontos.
Uma das incógnitas para o fim de semana é o desempenho da Ferrari. Depois de um começo de temporada promissor, a escuderia italiana estagnou e teve um de seus carros fora do Q3 do treino oficial na Grã-Bretanha. Massa largou em 11º, enquanto Alonso foi nono no grid. "Estamos muito menos competitivo do que Red Bull e Mercedes, especialmente na qualificação, e na fase de qualificação até mesmo outros carros têm sido mais rápidos do que nós", disse o brasileiro.
"Na corrida, o carro vinha sendo muito mais competitivo, embora mesmo assim Red Bull e Mercedes venham sendo melhores que nós, mas não pela mesma margem, como na qualificação. Trabalhamos muito duro nos últimos dois dias, olhando para a aerodinâmica, o ajuste, em todos os setores para ver por que isso aconteceu. Agora, espero que possamos ter um carro melhor aqui para provar que reencontramos o caminho certo", afirmou.
A queda da Ferrari coincidiu com ascensão da Mercedes, com duas vitórias do alemão Nico Rosberg em três corridas e boas atuação do inglês Lewis Hamilton, que, contudo, sofreu alguns contratempos, como o estouro do pneu.