São Paulo -- O primeiro relógio inteligente da Apple leva o nome de Apple Watch e tem diversos recursos voltados para saúde, entretenimento e produtividade. Como todos os outros produtos da Apple no Brasil, o gadget é caro. Vendido em três modelos, o mais básico (edição Sport) sai 2.899 reais, o intermediário (Apple Watch) custa 4.600 reais e o mais avançado (Edition), feito em ouro 18 quilates, sai por até 135 mil reais. Ou seja, o aparelho é um caro acessório para o seu iPhone. Entenda a seguir se ele vale o seu dinheiro.

Design

O visual do Apple Watch é personalizável no ato da compra. Ele pode ou não ser chamativo, depende do que você escolher. A empresa diz que são possíveis mais de 2 milhões de combinações de design.

A pulseira do relógio testado no INFOlab era a de silicone, que se mostrou confortável e firme no uso diário. Apesar de quadrado, o Apple Watch não é um produto grande, como o Asus Zenwatch. Ele é confortável no pulso e também tem uma versão menor para pessoas com pulsos finos.

A tela tem bom desempenho em diversos tipos de ambientes. Mesmo sob luz solar, dá para ver as notificações ou o horário.

Algo que faz falta é a possibilidade de personalizar mais as interfaces de relógio. Com um iPhone 6s, entretanto, você pode tirar Live Photos, fotos que funcionam como gifs quando as tocamos, e usá-las de mostrador no Apple Watch.

Usabilidade

O smartwatch da Apple é mais completo do que qualquer outra opção com sistema Android Wear. Faltou só ele ser compatível com smartphones Android.

Como já dissemos, o Apple Watch ajuda a criar hábitos saudáveis. Ele tem um alerta que lembra o usuário de se levantar e andar um pouco cada uma hora; ele monitora seus batimentos cardíacos durante caminhadas e corridas, ao mesmo tempo que marca quantos passos você der.

Todos dados são exibidos no próprio aparelho, em sua tela de 1,54 polegada ou no iPhone, no aplicativo atividade. Alguns dados, como os batimentos cardíacos, aparecem no app Saúde.

Vários outros aplicativos já têm suporte ao Apple Watch. Dá, por exemplo, para ver e responder mensagens no WhatsApp e no Messenger, ler notícias no Feedly, ver a linha do tempo do Twitter, entre outras coisas.

Com isso, você certamente vai precisar tirar o iPhone do bolso menos vezes por dia.

Falando agora sobre a tela e os mostradores de relógio, o método usado para mudar o visual do Apple Watch é pouco convencional. Você precisa tocar no display e fazer um pouco de força para que as opções de interfaces apareçam.

Quem está habituado a ter algo no pulso, como uma pulseira inteligente ou um relógio analógico, se acostuma rápido ao Apple Watch no dia a dia.

Bateria

A bateria é o que preocupa muita gente quando o assunto é smartwatch. É mais um gadget que depende de bateria. Nos testes realizados pelo INFOlab, conseguimos um dia e meio de uso moderado com uma única carga, e dois dias com uso leve -- apenas vendo notificações e monitorando caminhadas.

O Apple Watch precisa de um carregador específico que tem um cabo Lightning preso a ele. Por isso, você terá que levá-lo na mochila ou na bolsa se precisar de mais bateria ao longo do dia. A dica geral é: carregue o Apple Watch todas as noites.

Vale a pena?

O Apple Watch é um aparelho caro, um acessório de luxo para o smartphone da Apple. Custando metade do preço do iPhone nos Estados Unidos, o produto faria sentido para os brasileiros se essa proporção se mantivesse -- o que ainda assim daria um preço alto ao gadget. Tirando de jogo a questão do dinheiro, o produto é ótimo para donos de iPhones, apesar de não ser algo essencial.

Ficha técnica

Tela	1,54'' (312 x 390 pixels)
Chipset	Apple S1 (APL0778) 32bits Single-Core
RAM	512 MB
Armazenamento	8 GB
Conexões	Bluetooth 4.0, Wi-Fi 802.11n
Proteção	IPx7
Peso	120 g
Bateria	Até 2 dias de uso leve

Avaliação técnica

Prós	Bom design, app de exercícios bem feito boa usabilidade geral.
Contras	Preço alto e compatibilidade restrita ao iOS.
Conclusão	Smartwatch mais completo do momento.
Configuração	9.0
Usabilidade	9.2
Bateria	9.5
Design	8.8
Média	9.2
Preço	R$ 2.899