Quizup (Divulgação)
Lucas Agrela
Publicado em 6 de junho de 2014 às 15h13.
O jogo de perguntas e respostas QuizUp chega ao Brasil nesta semana traduzido para o português após reunir 21 milhões de usuários em diversos países. A ideia do jogo é simples: responder quizes sobre os seus assuntos favoritos. O game não tem um número muito limitado de questões, como acontecia com o SongPop, contando com cerca de 600 categorias e ele também aceita sugestões de perguntas enviadas por jogadores.
Os temas são muito específicos, como Feitiços do Harry Potter, Breaking Bad ou Jogadores de Futebol. Além de jogo, o aplicativo, disponível gratuitamente para dispositivos Android e iOS, conta também com uma função de chat que permite expandir o seu círculo social de acordo com interesses em comum, segundo a empresa. Uma versão do app para Windows Phone.
Os Estados Unidos e a Índia são atualmente exemplos de mercados em que o game é mais popular, mas a empresa espera crescer bastante com a sua chegada ao país e dependerá somente do compartilhamento do jogo nas redes sociais e do boca a boca para divulgar o app.
Não forçamos o usuário a compartilhar a todo momento algo no Facebook, o que fazemos oferecer títulos de prestígio de acordo com o progresso no QuizUp. Por exemplo, um fã de Star Wars que atinge o nível 10, torna-se um Stormtrooper Imperial. Esse é o tipo de coisa que as pessoas querem compartilhar porque é parte do que elas são, afirmou Thor Fridriksson, CEO da Plain Vanilla Corp, criadora do QuizUp, em entrevista a INFO.
Por causa dessa estratégia, temos centenas de milhares de postagens no Facebook por dia.
A empresa de Fridriksson é da Islândia, mas o executivo conta que não conseguiu financiamento no país e, portanto, foi buscar investidores em San Francisco, nos Estados Unidos. Pensei que a minha ideia era tão boa que as pessoas iriam jogar dinheiro para mim, mas não foi bem assim, o processo foi bem difícil, disse o CEO. Incialmente, a companhia conseguiu investimento de 1 milhão de dólares e, pouco depois, mais um de 2,5 milhões de dólares. Depois que o app atingiu 10 milhões de usuários em dezembro de 2013, o investimento foi de 22 milhões de dólares e veio do fundo Sequoia Capital, que tradicionalmente financia startups.
No momento, a monetização por meio da publicidade direcionada ainda não ocorre e o objetivo é aumentar a base de usuários. Queremos criar uma plataforma de quizes, buscamos evitar a queda que os jogos mobile normalmente têm. Muitas startups tentam monetizar ao máximo o aplicativo neste primeiro momento, mas não é isso que queremos, diz o CEO.
Para Fridriksson, a principal razão do sucesso do jogo é a relação que ele tem com as paixões dos usuários. Precisamos ser muito bons nas atualizações do aplicativos. Nunca houve um Facebook 2, por exemplo. Se conseguirmos isso, esse modelo é muito fácil de monetizar por meio de publicidade e parcerias com marcas.