Bogotá - A cidade colombiana de Cáli será sede da primeira versão latino-americana do "Solar Decathlon", um grande laboratório que reunirá acadêmicos, empresas, instituições e estudantes para promover a pesquisa e o desenvolvimento em torno das energias renováveis.
Durante o evento, que será realizado entre 15 de novembro e 14 de dezembro, universitários e especialistas de todo o mundo irão propor soluções energéticas eficientes a problemas de moradia na América Latina.
"Esperamos que três projetos dos 20 que participam fiquem em Cáli e que se crie um grande laboratório urbano de energias limpas", disse à Colômbia.inn, agência operada pela Efe, o diretor de operações de Solar Decathlon, Carlos Rodríguez.
Um total de 20 equipes de 25 a 40 integrantes apresentarão seus projetos, que devem responder a quatro necessidades latino-americanas: habitação social, densidade de população, aproveitamento eficiente dos recursos naturais e relevância internacional sob o uso de tecnologia solar.
As iniciativas devem ter uma proposta de urbanismo para um hectare que abranja pelo menos 120 casas, de 60 a 80 metros quadrados, e inclua vias de acesso, zonas verdes e comuns. De acordo com Rodríguez, o teto de investimento para cada casa deve ser de US$ 50 mil.
Os participantes, que são tanto da própria Colômbia, quanto do Brasil, Chile, Costa Rica, Reino Unido, Japão e Espanha, têm até o próximo 30 de outubro para inscrever seu projeto. Uma vez fechada a convocação, um comitê com integrantes da Universidade do Valle, em Cáli, do Departamento de Energia e do Laboratório Nacional de Energia Renovável, esses últimos dos Estados Unidos, escolherão as iniciativas que melhor respondam aos eixos temáticos estipulados.
"Os participantes deverão pensar em propostas que otimizem o espaço físico e a densidade", disse o diretor.
Cada equipe selecionada receberá US$ 80 mil antes mesmo da concorrência para que possam financiar a construção do protótipo. E como cada grupo deverá custear a viagem e hospedagem, a proposta deve incluir um plano para atender essas despesas.
Rodríguez espera que ao redor da feira se crie uma grande plataforma de negócios onde o setor acadêmico, privado e a comunidade possam estabelecer novas oportunidades de desenvolvimento e urbanismo sustentável. Além disso, todas as equipes que participam assinam um acordo em que cedem os direitos a Cáli e à Colômbia de usar os desenhos para novas propostas de urbanismo.
As denominadas "Solar Decathlon", realizadas a cada dois anos, são competições acadêmicas e de pesquisa internacional que nasceram em 2002 da iniciativa do Departamento de Energia dos Estados Unidos para desenvolver modelos sustentáveis e eficientes de consumo energético. A primeira versão na Europa foi em 2010 e na Ásia ocorreu no ano passado.
Na América Latina, além da Colômbia, fizeram gestões para acolher esta iniciativa o Brasil, Peru e Chile, embora o Departamento de Energia dos EUA tenha escolhido Cáli, "porque procura se posicionar como uma cidade verde", explicou Rodríguez.
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1. Investindo num futuro limpo
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1/16 (Getty Images)
São Paulo - Com intenções de estabelecer um fundo de financiamento de US$ 2 bilhões para duplicar a presença de fontes
renováveis na sua matriz energética, os
EUA são o país mais atraente para receber investimentos em renováveis segundo
estudo da Ernst & Young. Atualizado trimestralmente, o Renewable Energy Country Attractiveness Index avalia as barreiras e oportunidades para os investidores externos acessarem o mercado de fontes limpas em 40 países. Atrasos e cancelamentos de leilões, por exemplo, contribuiram para afastar o
Brasil do top 10, para a 15ª posição. Veja a seguir o desempenho as nações que ocupam os 15 primeiros lugares e a pontuação (na escala de 0 a 100) para as forças de mercado.
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2. 1 - Estados Unidos
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2/16 (Getty Images)
Os EUA são o país mais atraente para receber investimento em renováveis, com pontuação total de 71,6. Chama atenção o alto índice de atratividade para investir em energia solar.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 77.3 |
Ambiente para negócios | 71.2 |
Prioridade para renováveis | 38.6 |
Acesso a crédito | 75.0 |
Indústria eólica | 68.0 |
Indústria solar | 79.4 |
Outras fontes | 52.0 |
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3. 2 - China
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3/16 (Getty Images)
Maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, a China é apontada como o segundo país mais atrativo para receber investimentos em energia renovável.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 66.4 |
Ambiente para negócios | 44.2 |
Prioridade para renováveis | 58.3 |
Acesso a crédito | 62.9 |
Indústria eólica | 77.5 |
Indústria solar | 78.5 |
Outras fontes | 52.0 |
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4. 3 - Alemanha
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4/16 (Getty Images)
Na terceira colocação do ranking, aparece a Alemanha. Sua pontuação total foi de 67. O país tem um índice de atratividade alto em estabilidade interna.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 75.7 |
Ambiente para negócios | 61.0 |
Prioridade para renováveis | 55.4 |
Acesso a crédito | 72.7 |
Indústria eólica | 59.9 |
Indústria solar | 63.0 |
Outras fontes | 45.8 |
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5. 4 - Austrália
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5/16 (Wikimedia Commons)
Já na quarta posição da lista de países mais atraentes para fontes limpas e renováveis, aparece a Austrália, um salto de sete posições em relação ao último ranking. O índice geral de atratividade do país é de 60.6
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 85.1 |
Ambiente para negócios | 73.0 |
Prioridade para renováveis | 53.6 |
Acesso a crédito | 65.6 |
Indústria eólica | 46.9 |
Indústria solar | 57.2 |
Outras fontes | 30.1 |
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6. 5 - Reino Unido
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6/16 (Getty Images)
Líder mundial na indústria eólica offshore, o Reino Unido é o quinto país mais atraente para investimentos em fontes "verdes". No índice geral, sua pontuação é de 60.0
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 77.8 |
Ambiente para negócios | 75.0 |
Prioridade para renováveis | 51.2 |
Acesso a crédito | 68.7 |
Indústria eólica | 59.0 |
Indústria solar | 38.7 |
Outras fontes | 35.3 |
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7. 6 - Japão
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7/16 (Wikimedia Commons)
O Japão é o sexto país mais atraente para investimento em energia limpa. No índice geral de atratividade, ficou com 59.4 pontos.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 77.1 |
Ambiente para negócios | 59.8 |
Prioridade para renováveis | 45.1 |
Acesso a crédito | 69.9 |
Indústria eólica | 44.3 |
Indústria solar | 57.1 |
Outras fontes | 49.8 |
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8. 7 - Canadá
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8/16 (Wikimedia Commons)
O Canadá se mantém na sétima colocação do ranking de países mais atraentes para investimento em energia renovável. No índice geral, o país faz 57.8 pontos.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 81.3 |
Ambiente para negócios | 74.0 |
Prioridade para renováveis | 47.8 |
Acesso a crédito | 61.6 |
Indústria eólica | 52.4 |
Indústria solar | 45.6 |
Outras fontes | 45.4 |
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9. 8 - India
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9/16 (Getty Images)
Na oitava colocação aparece a Índia. A energia solar é a fonte com maior índice de atratividade no país, segundo a Ernst & Young. O índice geral de atratividade do país é de 54.9
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 52.1 |
Ambiente para negócios | 37.3 |
Prioridade para renováveis | 58.8 |
Acesso a crédito | 49.3 |
Indústria eólica | 52.2 |
Indústria solar | 61.0 |
Outras fontes | 44.9 |
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10. 9 - França
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10/16 (CC/ flickr.com/photos/dvanzuijlekom/)
A França ocupa o nono lugar no ranking de atratividade, com índice geral de 54,0. Entre as fontes de energia com potuação mais alta, destaca-se a solar.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 70.4 |
Ambiente para negócios | 60.8 |
Prioridade para renováveis | 42.0 |
Acesso a crédito | 60.6 |
Indústria eólica | 47.0 |
Indústria solar | 49.3 |
Outras fontes | 39.3 |
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11. 10 - Bélgica
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11/16 (Wikimedia Commons)
Décima colocada na lista, a Bélgica tem um índice de atratividade geral para renováveis de 53.9. Ambiente favorável para negócios na área é o driver de mercado mais forte.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 67.3 |
Ambiente para negócios | 78.0 |
Prioridade para renováveis | 65.0 |
Acesso a crédito | 61.1 |
Indústria eólica | 42.4 |
Indústria solar | 36.9 |
Outras fontes | 26.4 |
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12. 11 - Itália
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12/16 (Wikimedia Commons)
Na décima primeira posição do ranking aparece a Itália, com um índice geral de 53.7. O acesso ao crédito é o fator de atratividade que pontua mais alto.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 46.7 |
Ambiente para negócios | 45.7 |
Prioridade para renováveis | 50.7 |
Acesso a crédito | 63.9 |
Indústria eólica | 37.9 |
Indústria solar | 57.9 |
Outras fontes | 42.8 |
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13. 12 - Coreia do Sul
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13/16 (Wikimedia Commons)
A Coreia do Sul também está entre os países mais atraentes para receber investimento em fontes renováveis. Seu índice geral é de 52.7; indústria eólica e solar são igualmente competitivas.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 65.8 |
Ambiente para negócios | 60.9 |
Prioridade para renováveis | 63.3 |
Acesso a crédito | 55.7 |
Indústria eólica | 40.1 |
Indústria solar | 42.0 |
Outras fontes | 40.8 |
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14. 13 - Espanha
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14/16 (Getty Images)
A Espanha é o décimo terceiro país mais atraente do ranking para investimentos em energias renováveis, com índice geral de 51.1.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 51.7 |
Ambiente para negócios | 55.9 |
Prioridade para renováveis | 48.2 |
Acesso a crédito | 67.1 |
Indústria eólica | 37.0 |
Indústria solar | 45.8 |
Outras fontes | 27.5 |
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15. 14 - Holanda
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15/16 (Wikimedia Commons)
Na décima quarta posição aparece a Holanda, com índice geral de 51.1. Seu ponto forte é a estabilidade.
Forças de mercado | Índice |
Estabilidade | 75.9 |
Ambiente para negócios | 63.2 |
Prioridade para renováveis | 58.3 |
Acesso a crédito | 62.8 |
Indústria eólica | 44.1 |
Indústria solar | 29.1 |
Outras fontes | 28.2 |
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16. Mais transparência e qualidade
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16/16 (REUTERS/Atef Hassan)