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Clubhouse: CEO diz que versão para Android deve chegar em breve

Entrada por convite deve acabar também, mas CEO não definiu data para nenhuma das novidades

Clubhouse: o aplicativo recebeu 10 milhões de instalações em fevereiro, de acordo com dados do SensorTower (Florian Gaertner/Photothek/Getty Images)

Clubhouse: o aplicativo recebeu 10 milhões de instalações em fevereiro, de acordo com dados do SensorTower (Florian Gaertner/Photothek/Getty Images)

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Laura Pancini

Publicado em 23 de março de 2021 às 13h57.

Última atualização em 23 de março de 2021 às 14h03.

O cofundador e CEO do Clubhouse, Paul Davison, afirmou em reunião no domingo, 21, que o aplicativo pode ser lançado para Android nos próximos meses, mais especificamente durante o verão nos Estados Unidos (entre junho e agosto). Ele também falou sobre as novas ferramentas, o fim dos convites exclusivos e a ajuda para criadores de conteúdo.

O Clubhouse é uma rede social de áudio, na qual usuários entram em salas de bate-papo que cabem até 5.000 pessoas para discutir tópicos de mesmo interesse. No fim de 2020, o aplicativo foi avaliado em 100 milhões de dólares e, mesmo estando disponível apenas para iPhone, recebeu 10 milhões de instalações em fevereiro, de acordo com dados do SensorTower.

A falta de uma versão Android do Clubhouse já causou algumas complicações para a empresa. Aplicativos estão aparecendo na Google Play Store como "guias do Clubhouse", para enganar usuários que buscam a rede social, provavelmente sem saber que ela é limitada para o iOS.

Algumas versões falsas também foram desenvolvidas com intenção de fazer o usuário instalar o malware BlackRock, que rouba as credenciais de login dos usuários em serviços como Facebook, Twitter e Amazon. “Certamente não é o verdadeiro Clubhouse. A mesma coisa com o computador. Não há aplicativo para PC para o Clubhouse”, disse o CEO na reunião, acrescentando que uma versão desktop do Clubhouse não é uma alta prioridade para a empresa.

 

Durante a reunião realizada no domingo, 21, o cofundador Davison afirmou que expandir o aplicativo para o Android "requer um ritmo lento". Ele relata que usuários já estão tendo dificuldades em encontrar amigos ou conteúdos personalizados por causa da alta no número de usuários.

Ajustes no feed de atividades, novos recursos de personalização e criação de ferramentas para dar mais controle ao usuário são as prioridades para garantir que tudo ocorrerá bem quando usuários do Android entrarem, disse o CEO. Novas ferramentas voltadas para criadores de conteúdo também serão desenvolvidas para ajudar no alcance e até mesmo monetizar alguns eventos.

A entrada por meio de convites deve acabar "nos próximos meses", afirmou Davison, que deseja que o aplicativo seja aberto a todos por conta de "criadores incríveis que ainda não estão no Clubhouse, que têm um público em outro lugar”.

Apesar de Davison não mostrar pressa, os CEOs do Instagram e do Twitter não estão perdendo tempo. A rede social do passarinho lançou o Twitter Spaces, funcionalidade que permite que um grupo de até dez pessoas se reúna para debater um assunto diante de uma audiência. Já o Instagram anunciou que agora suas lives poderiam ter até três outros convidados. Antes, só mais um convidado tinha acesso.

Ambas as ferramentas estão disponíveis para Android e são abertas para todo o público, sem necessidade de convites, o que é uma desvantagem para o Clubhouse.

 

 

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