Tecnologia

Clipe israelense zombando de Kadafi é sucesso entre árabes

Vídeo original de dois minutos mostra uma dançarina em trajes de baixo exíguos de cor verde oliva - uma homenagem às célebres guarda-costas mulheres de Kadafi

Até a manhã desta terça-feira o clipe já tinha sido visto 1,8 milhão de vezes (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

Até a manhã desta terça-feira o clipe já tinha sido visto 1,8 milhão de vezes (Ricardo Stuckert/Presidência da República)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de março de 2011 às 19h47.

Jerusalém - Um clipe musical veiculado no YouTube, zombando do líder líbio, Muammar Kadafi, virou sucesso no mundo árabe, disse nesta terça-feira seu criador, um israelense.

"Zenga Zenga", criado pelo jornalista Noy Alooshe, especializado em música e blogueiro em Tel-Aviv, mostra Kadafi em sequências repetitivas batendo o punho sobre um pódio e erguendo o punho em gesto de desafio durante um discurso que ele fez na semana passada.

A música do vídeo é baseada em "Hey Baby", canção dos rappers norte-americanos Pitbull e T-Pain, mas a letra foi substituída por trechos do discurso de Kadafi.

A palavra árabe "zenga", usada por líbios para indicar bairro pequeno, se destacou para Alooshe, que não fala árabe, e ele fez dela o tema recorrente do clipe (here).

"Quando vi Kadafi discursando, achei que sua cadência e seus movimentos seriam perfeitos para um clipe. Eram tão musicais", disse Alooshe à Reuters em entrevista por telefone.


Seu vídeo original de dois minutos mostra uma dançarina em trajes de baixo exíguos de cor verde oliva - uma homenagem, disse Alooshe, às célebres guarda-costas mulheres de Kadafi - dançando ao lado do líder líbio enquanto ele profere seu discurso.

Alooshe disse que até a manhã desta terça-feira o clipe já tinha sido visto 1,8 milhão de vezes e que, depois de alguns internautas lhe terem dito que é ousado demais, ele criou uma versão sem a dançarina.

O blogueiro afirma ter recebido retorno positivo em sua página no Facebook e por e-mail de muitos espectadores em países árabes, mesmo depois de terem descoberto, pelas informações sobre ele postadas no site, que é israelense.

"É claro que houve aqueles que despejaram os xingamentos de praxe, e cheguei a ser tachado de espião do Mossad, mas agora estou com muitos pedidos de pessoas que querem ser minhas amigas no Facebook", disse ele.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaLíbiaMuammar KadafiOriente MédioPolíticosVídeos

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO