Tecnologia

Cientistas pedem a governos para transformar antigas frequências de TV em “super Wi-Fi” gratuito

Serviços móveis onerosos, como o 4G, não seriam mais necessários e o uso da internet seria mais estimulado

TV (Flickr/JoeyBLS Photography)

TV (Flickr/JoeyBLS Photography)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 25 de novembro de 2014 às 09h58.

Cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe, na Alemanha, afirmaram que os governos deveriam transformar antigas frequências de TV em um “super Wi-Fi” gratuito para acelerar a economia de seus países. Frequências de transmissão estão sendo liberadas em todo o mundo graças à migração do sinal de televisão analógica para digital.

Esse “super Wi-Fi” teria um alcance muito maior do que o das redes sem fio existentes, que são transmitidas, em geral, em WLAN em frequências de 2 GHz ou mais. Isso se deve ao fato de que a internet seria transmitida a uma frequência mais baixa, resultando em uma maior cobertura, abrangendo um raio de diversos quilômetros.

Com isso, serviços móveis onerosos, como o 4G, não seriam mais necessários e o uso da internet seria mais estimulado, trazendo benefícios econômicos aos países que adotarem essa iniciativa.

“Indivíduos, instituições e empresas seriam muito mais dependentes de redes de comunicação móveis caras no momento de conduzir suas respectivas comunicações digitais. Isso também seria um ótimo benefício econômico”, afirmou Arnd Weber, do Institute for Technology Assessment and Systems Analysis (ITAS), de acordo com o Factor Tech.

O desafio, segundo Weber, é convencer os governos de que essa ação é correta.

Além dos benefícios econômicos, os cientistas do Instituto de Tecnologia de Karlsruhe afirmam que esse “super Wi-Fi” resultaria no desenvolvimento de novas tecnologias, bem como na oferta de uma comunicação mais eficiente em casos de desastres naturais.

Um entrave para que isso seja tecnologicamente viável é que o congestionamento provocado pelo acesso simultâneo de diversos internautas poderia tornar essas redes inoperantes. Mas Weber e seu colega Jens Elsner acreditam haja uma forma de contornar esse problema com a correta abordagem tecnológica.

Weber e Elsner planejam apresentar essa tese durante a Conferência Mundial de Radiocomunicações, na Suíça que acontece de 2 a 27 de novembro de 2015.

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