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Cientistas comprovam resistência de bactérias a antibióticos

Os cientistas mostraram como as primeiras bactérias com baixa resistência deram lugar a cepas altamente resistentes e capazes de se defender de altas doses


	Superbacterias: a cada nível de concentração, um pequeno grupo se adaptava e sobrevivia
 (Getty Images)

Superbacterias: a cada nível de concentração, um pequeno grupo se adaptava e sobrevivia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2016 às 10h49.

Washington - Cientistas da Universidade de Harvard (EUA) apresentaram um modelo a partir do qual é possível observar a resistência das bactérias aos antibióticos desenhados para detê-las ou eliminá-las.

Para seu experimento, publicado nesta sexta-feira na revista "Science", os pesquisadores criaram uma placa de Petri retangular de quatro pés (122 centímetros) de comprimento e dois pés (61 centímetros) de largura com nove compartimentos horizontais.

Nos compartimentos dos dois extremos, os cientistas de Harvard não introduziram remédio algum, enquanto nos imediatamente contíguos puseram uma dose de trimetoprima, nos seguintes uma quantidade 10 vezes maior desse antibiótico, nos outros 100 vezes e no central mil vezes maior do que a primeira.

Os cientistas introduziram então doses da bactéria Escherichia coli, também conhecida como E. coli nos extremos e durante os seguintes dez dias comprovaram como foi avançando até chegar ao compartimento central e mutar para superbactéria.

Em suas conclusões, os cientistas mostraram como as primeiras bactérias com baixa resistência aos antibióticos "deram lugar a mutantes de resistência moderada que finalmente geraram cepas altamente resistentes e capazes de se defender das mais altas doses de antibióticos".

"A cada nível de concentração, um pequeno grupo se adaptava e sobrevivia", acrescentou o estudo, ao constatar que as descendentes das bactérias mutantes "migravam às zonas de maior concentração do antibiótico".

O que permitiu a placa de Petri foi "reconhecer conceitos com os quais pensava-se em abstrato", apontou a pesquisadora Tami Lieberman, que participou do experimento que qualificou como "uma demonstração impressionante da rapidez de como as bactérias evoluem". EFE

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