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Cientistas avançam na busca de tratamento oral para diabetes

Os cientistas da Universidade de Tóquio disseram ter criado um composto que ajuda o organismo a controlar a glicose na corrente sanguínea

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2013 às 19h08.

Tóquio - Cientistas japoneses anunciaram nesta quinta-feira que estão mais perto de encontrar um tratamento oral para a diabetes, aumentando a esperança no combate a um mal que afeta cada vez mais pessoas em todo o mundo.

Os cientistas da Universidade de Tóquio disseram ter criado um composto que ajuda o organismo a controlar a glicose na corrente sanguínea.

A glicose é um combustível vital para o funcionamento de todos os órgãos do corpo, mas uma quantidade excessiva é ruim. Em algumas pessoas, desencadeia a diabetes tipo 2, um mal que pode provocar doenças, acidentes vasculares cerebrais e problemas renais.

Os médicos afirmam que os casos de diabetes tipo 2 aumentaram consideravelmente nas últimas décadas, um fato que atribuem essencialmente ao aumento do número de obesos.

Estudos demonstram que os obesos têm níveis mais reduzidos de adiponectina, hormônio que regula a glicose e aumenta a eficácia da insulina.

Os cientistas japoneses desenvolveram um componente chamado AdipoRon, que imita os efeitos do hormônio e sobrevive sem modificações ao trânsito digestivo.

O AdipoRon pode ser "um composto líder" em um possível tratamento oral para o diabetes, segundo Toshimasa Yamauchi, membro da equipe de cientistas e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Tóquio.

"Nosso objetivo é fazer testes clínicos dentro de alguns anos", explicou à AFP.

Os médicos aconselham às pessoas que sofrem de diabetes de Tipo 2 um regime alimentar saudável e que façam exercícios, mas os cientistas dizem que às vezes isto é muito difícil de levar adiante.

"Uma dieta terapêutica não é fácil nem mesmo para as pessoas que gozam de boa saúde, menos ainda quando são obesas ou sofrem de uma doença", afirmou a equipe em um comunicado de imprensa.

"Um composto que possa imitar os tratamentos de dietas e exercícios para melhorar a saúde" é há tempos um objetivo neste setor, acrescentou a equipe, cujos trabalhos foram publicados na internet pela revista científica Nature.

Os cientistas descobriram que a taxa de sobrevida de quatro meses para ratos obesos e diabéticos nutridos com alimentos muito gordurosos era de apenas 30%, enquanto essa taxa chegou a 95% para os mesmos tipos de ratos que receberam um regime alimentar equilibrado e de baixo índice de gordura.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 347 milhões de pessoas no mundo sofrem de diabetes.

Na diabetes tipo 1, a menos comum, o organismo não produz insulina suficiente. Pode ser tratada com injeções diárias, mas não pode ser curada.

Aproximadamente 90% dos doentes sofrem de diabetes tipo 2, uma forma que, segundo a OMS, "se deve, em grande medida, a um peso excessivo e ao sedentarismo (...), um problema cada vez mais grave em nível mundial".

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