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Cientista que diz que carne dá câncer continua comendo bacon

"Eu também gosto de salame, bacon e bife, ocasionalmente", contou Bernard Stewart


	Tiras de bacon: "Eu também gosto de salame, bacon e bife, ocasionalmente", contou Bernard Stewart
 (Sheila Oliveira / Boa Forma)

Tiras de bacon: "Eu também gosto de salame, bacon e bife, ocasionalmente", contou Bernard Stewart (Sheila Oliveira / Boa Forma)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2015 às 14h14.

A OMS declarou nesta segunda-feira que carnes processadas como presunto, salsicha e bacon podem causar câncer.

O segredo para se manter saudável, como explica Bernard Stewart, é a moderação:

"Para aqueles que estão comendo carne processada muito regularmente, vamos dizer, mais de cinco dias por semana, são essas pessoas que devem substituir esses alimentos com peixe ou até com alguma refeição vegetariana".

Ele completa: "Eu também gosto de salame, bacon e bife, ocasionalmente".

Os alimentos foram colocados no grupo 1, ou grupo dos carcinogênicos para humanos. Nele, se encontram também os cigarros, fato que gerou uma onda de preocupação entre os fãs dos processados. Não é para menos, afinal, o tabagismo mata mais de 5 milhões de pessoas por ano.

Acontece que o sistema de classificação da OMS é bem impreciso. Para ter uma ideia, no mesmo grupo 1, está a luz do Sol.

Os grupos colocam juntos todos os agentes que possuem o mesmo grau de evidência, ou seja, o quão confiantes estão os especialistas que determinados fatores e produtos podem levar uma pessoa a desenvolver câncer.

A evidência que carne processada é carcinogênica é grande, assim como a do cigarro, da radiação solar, da poluição atmosférica e das bebidas alcoólicas - todos estão no grupo 1.

Isso não quer dizer que carne processada mata tanto quanto cigarro. Nos Estados Unidos, as chances de uma pessoa ter câncer colorretal são de aproximadamente 4,5%. De acordo com a OMS, se ela comer uma porção de 50 gramas de carne processada por dia, o que dá mais ou menos duas fatias de presunto, essa chance aumenta em 18%.

Ou seja, vai de 4,5% para 5,3%. Nem de longe esses dados se comparam com os do cigarro: nesse caso, os fumantes possuem chances até 30 vezes maiores de desenvolver câncer de pulmão do que os não fumantes.

No total, são cinco categorias. Para entrar na primeira, o produto ou fator tem que, comprovadamente, causar pelo menos algum tipo de câncer em humanos, como é o caso da carne processada.

No grupo 2A, em que entrou a carne vermelha, ficam os que provavelmente são carcinogênicos. Existem evidências suficientes em animais, mas limitadas em humanos. Além da carne vermelha, estão presentes alguns pesticidas, como o DDT e o glifosato.

Já as outras três categorias são ainda mais incertas, e envolvem café, chá e campos magnéticos.

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