Tecnologia

Ciência brasileira ganha destaque em museu de Londres

Na esteira da Copa do Mundo, o museu organizou uma exposição especial sobre temas brasileiros, para a série de eventos noturnos de sua programação

Cartas de divulgação de exposição (Divulgação)

Cartas de divulgação de exposição (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 05h53.

A ciência e a tecnologia brasileira ganharam destaque em julho no Science Museum, museu na capital britânica que recebe mais de 3 milhões de visitantes por ano.

Na esteira da Copa do Mundo, o museu organizou uma exposição especial sobre temas brasileiros, para a série de eventos noturnos de sua programação - chamados Lates, que ocorrem após o horário normal de funcionamento. "Explore Science, Samba and Football" foi o mote do evento de julho, com mais de 30 atividades e conversas informais.

A principal atividade foi a chamada Antenna Live: Sky Sensors, uma conversa informal com Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG), e com Gordon McFiggans, professor da University of Manchester, no Reino Unido, nos dias 30 e 31 de julho.

Artaxo e McFiggans apresentaram ao público, formado por cientistas, jornalistas e interessados em ciência, o equipamento Aerosol Mass Spectrometer (AMS), utilizado para medir a poluição atmosférica na Amazônia.

"O aparelho permitirá que possamos quantificar o impacto das emissões produzidas pelas queimadas no clima não só da região, como do mundo", disse Artaxo, que também é membro do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) e de outros sete painéis científicos internacionais.

Os pesquisadores falaram sobre duas campanhas científicas que têm apoio da FAPESP: o South American Biomass Burning Analysis (Sambba), desenvolvido em parceria com a University of Manchester, e o Green Ocean Amazon (GOAmazon), que reúne pesquisadores de diversas universidades e institutos brasileiros e norte-americanos e conta com financiamento do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE, na sigla em inglês), da FAPESP e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), entre outros parceiros.

Enquanto o Sambba investiga como as queimadas da Amazônia alteram o clima local e de todo o planeta, o GOAmazon analisa o impacto das emissões urbanas de Manaus e sua interação com as emissões da Floresta Amazônica (leia mais sobre o GOAmazon em http://agencia.fapesp.br/18691).

"Este estudo é de importância fundamental para o planejamento urbano não só do Brasil, mas também de todos os países com florestas tropicais que estão passando por uma rápida expansão urbana, como é o caso da Indonésia e da Nigéria", disse Artaxo.

O museu apresentou o GOAmazon por meio de uma estação interativa, com perguntas e respostas e convidou os jovens para que deixassem seus comentários. O espaço ganhou também uma página separada no site do museu: http://antenna.sciencemuseum.org.uk/topiczone/articles/brazil-sensors

A interatividade, a linguagem simples e as atividades lúdicas associadas à ciência tentam tornar mais acessíveis temas normalmente considerados áridos pelo público mais amplo.

Mais informações: http://antenna.sciencemuseum.org.uk/topiczone/articles/brazil-sensors

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