O uso de endereços da web encurtados facilita os ataques nas redes sociais (Sean Gallup / Getty)
Da Redação
Publicado em 5 de abril de 2011 às 16h39.
São Paulo — A companhia de segurança digital Symantec divulgou, nesta terça-feira, um alerta sobre o aumento de ataques virtuais que têm como alvo as grandes empresas e órgãos governamentais. Chamados de ataques dirigidos, eles começam com a invasão de contas de e-mails e perfis em redes sociais, que se tornam os vetores da disseminação de vírus como o Stuxnet, que afetou, em 2010, os sistemas do programa nuclear iraniano e também a indústria alemã.
Para esse tipo de ataque, os criminosos valem-se da confiança que os internautas depositam em mensagens enviadas por sua rede de contatos no mundo virtual. Ao reconhecer o nome de uma familiar, amigo ou colega de trabalho em sua caixa de entrada, muitas pessoas não hesitam em clicar em links ou mesmo abrir arquivos anexados.
Uma vez infectado, o computador passa a fazer parte do ataque, além de continuar espalhando vírus pela rede. "O ano passado foi o ano dos ataques dirigidos de grande destaque. Veremos muito mais deles agora", disse Sian John, estrategista de segurança da Symantec. "É mais complicado realizá-los, mas os retornos são mais altos", disse.
O número total de ameaças em 2010 cresceu 93% em relação ao ano anterior. O índice, segundo a empresa de segurança, subiu devido ao uso dos famosos encurtadores de URL. Responsáveis por diminuir drasticamente o tamanho de endereços para páginas na internet, essas ferramentas foram popularizadas pelos usuários do Twitter, microblog que limita as mensagens a 140 caracteres.
"No ano passado, foram postados milhares desses links curtos em sites de redes sociais. Isso elevou de modo dramático a proporção de infecções," afirmou a Symantec. Os sites de redes sociais são plataformas cada vez mais importantes para os ataques, devido ao seu ganho rápido de popularidade junto aos usuários.
Celular e tablet
A produtora de software de segurança afirmou que os ataques contra as principais plataformas móveis, como iPhone e Android, também devem continuar aumentando. "Esses dispositivos estão se tornando onipresentes a ponto de merecer a atenção dos criminosos," afirmou John.