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Ciberataque atinge China; Europa alerta para mais vítimas

O vírus afetou a polícia de trânsito e escolas chinesas nesta segunda-feira, na medida que se expandiu para a Ásia

Ataque hacker: algumas vítimas ignoraram a orientação oficial e pagaram os 300 dólares exigidos pelos criminosos digitais para desbloquear seus computadores (foto/Getty Images)

Ataque hacker: algumas vítimas ignoraram a orientação oficial e pagaram os 300 dólares exigidos pelos criminosos digitais para desbloquear seus computadores (foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 15 de maio de 2017 às 15h27.

Pequim/Londres - O ataque cibernético com o ransomware WannaCry afetou a polícia de trânsito e escolas chinesas nesta segunda-feira, na medida que se expandiu para a Ásia com o começo da nova semana de trabalho, enquanto autoridades na Europa disseram estar tentando prevenir hackers de difundir novas versões do vírus, que restringe o acesso ao sistema infectado e cobra um valor de resgate.

No Reino Unido, onde o vírus primeiro gerou preocupações globais quando obrigou hospitais a desviar ambulâncias na sexta-feira, o ataque ganhou tração como uma questão política apenas algumas semanas antes da eleição geral.

O Partido Trabalhista de oposição acusou o governo Conservador de deixar o Serviço Nacional de Saúde vulnerável.

Ações em firmas que fornecem serviços de cibersegurança aumentaram com a perspectiva de que companhias e governos vão gastar mais dinheiro com defesa contra ataques cibernéticos.

Algumas vítimas ignoraram a orientação oficial e pagaram os 300 dólares exigidos pelos criminosos digitais para desbloquear seus computadores, valor que iria dobrar para 600 dólares nesta segunda-feira para computadores atingidos na primeira onda de sexta.

Brian Lord, membro da diretoria da empresa de cibersegurança PGI, disse que algumas vítimas disseram que os hacker ofereceram um bom serviço, com dicas úteis de como pagar o resgate: "Um cliente disse que eles na verdade esqueceram que estavam sendo roubados".

Mas parece que os hackers ainda não foram bem remunerados: apenas aproximadamente 50 mil dólares foram transferidos para suas carteiras online até agora, de acordo com o Elliptic Labs, que rastreia transações feitas com a moeda digital bitcoin.

Embora a propagação do vírus tenha sido freada durante o fim de semana na maior parte do mundo, a França, onde a fabricante de carros Renault foi uma das vítimas de maior destaque no mundo, disse que é provável que ocorram mais ataques.

"Nós devemos esperar ataques semelhantes regularmente nos próximos dias e semanas", disse Giullaume Poupard, chefe da agência de cibersegurança francesa ANSSI. "Atacantes atualizam seus softwares...outros atacantes vão aprender com o método e vão realizar ataques".

Empresas e governos passaram o fim de semana atualizando software para limitar a propagação do vírus.

O vírus afetou computadores com versões antigas do software da Microsoft que não tinham sido atualizados recentemente. A Microsoft liberou reparos no último mês e na sexta-feira para consertar vulnerabilidades que permitiram que o vírus se espalhasse pelas redes.

Em uma publicação em um blog, o presidente da Microsoft, Brad Smith, aparentemente reconhecer tacitamente o que pesquisadores já tinham amplamente concluído: o ataque se aproveitou de uma ferramenta de hacking construída pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos e vazada online.

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