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China avança em corrida espacial e conclui primeiro teste de foguete lunar

Veículo que deve levar astronautas chineses à superfície da Lua até 2030

Caroline Oliveira
Caroline Oliveira

Colaboradora na Exame

Publicado em 17 de agosto de 2025 às 15h56.

Última atualização em 17 de agosto de 2025 às 16h20.

A China concluiu com sucesso, na última sexta-feira, 15, o primeiro teste de combustão estática do motor de seu novo foguete lunar, o Long March-10 — veículo que deve levar astronautas chineses à superfície da Lua até 2030.

O ensaio, realizado na Ilha de Hainan, marca mais um passo do país na corrida espacial contra os Estados Unidos.

Segundo a Agência Espacial Tripulada da China, o experimento validou a operação simultânea de sete motores YF-100K durante 30 segundos, gerando cerca de 900 toneladas de empuxo.

"O teste confirmou que os motores poderiam funcionar em sincronia tanto em condições normais quanto de alta potência, e produziu um conjunto completo de dados", relatou a Agência.

Foram também avaliados sistemas de segurança, resistência térmica e confiabilidade multimotor, aspectos considerados cruciais para futuras missões tripuladas.

O foguete da missão lunar chinesa

Com 92 metros de altura, o Long March-10 é projetado para lançar a nova espaçonave tripulada Mengzhou e o módulo de pouso Lanyue, ambos essenciais para a missão lunar chinesa.

O veículo contará com 21 motores YF-100K no total, o que deve triplicar a potência do Long March-5, atualmente o mais robusto do país.

Desenvolvido desde 2017, o foguete também terá papel estratégico na construção da Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), projeto liderado pela China em conjunto com a Rússia e outros parceiros, que pretende instalar uma base científica próxima ao polo sul da Lua até 2035.

Corrida à Lua

O sucesso do Long March-10 insere a China de forma mais competitiva na nova corrida espacial.

Os Estados Unidos, por meio do programa Artemis III, da Nasa, planejam levar astronautas de volta à Lua em 2027.

O objetivo dos norte-americanos é alcançar também o polo sul do satélite natural. Em 2026, a missão Artemis II deve fazer um voo de reconhecimento ao redor da Lua. A China, que colocou seus primeiros astronautas em órbita em 2003, acelera sua agenda para rivalizar com a presença americana e expandir sua influência no espaço.

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