Tecnologia

Chinês recorre à justiça por bloqueio do Google

Um chinês processou operador de telecomunicações devido ao bloqueio do Google, em caso que evidencia a censura chinesa sobre a internet

Google: Google se retirou parcialmente da China em 2010 (Georges Gobet/AFP)

Google: Google se retirou parcialmente da China em 2010 (Georges Gobet/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2014 às 09h11.

Pequim - Um cidadão chinês processou um operador de telecomunicações devido ao bloqueio do motor de buscas americano Google, informaram nesta sexta-feira as autoridades, em um caso que evidencia o controle que Pequim exerce sobre a internet.

Wang Long, de 25 anos, que se descreve como "funcionário jurista", entrou com um processo contra o grupo público China Unicom ante um tribunal de Shenzhen (sul), que examinou o caso na quinta-feira, segundo um documento publicado on-line pelo departamento de assuntos jurídicos da cidade.

"O Google é acessível normalmente?", perguntou o juiz ao advogado da China Unicom, relatou Wang em um testemunho publicado em sua conta de microblogs.

Vacilante e incomodado, o advogado respondeu que "não estava certo de poder responder", o que gerou as risadas do público, antes que o juiz pedisse que fosse anotado que os sites do Google não eram acessíveis, relata Wang Long.

Um sofisticado sistema de censura, chamado de "Grande Muralha informática", bloqueia na China qualquer acesso a sites considerados sensíveis e às redes sociais Facebook e Twitter ou à plataforma de vídeos YouTube.

Mas o Google desviava relativamente desta censura até agora.

O Google se retirou parcialmente da China popular em 2010 e levou seus servidores a Hong Kong, ao se recusar a aceitar as severas normas da censura chinesa.

Responsáveis do tribunal de Shenzhen, contactados pela AFP, não puderam comentar o caso.

É aguardada uma sentença antes de outubro, segundo o jornal oficial Global Times.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaGoogleInternetTecnologia da informação

Mais de Tecnologia

xAI pede desculpas por mensagens extremistas de seu assistente de IA Grok

CEO admite que queimava US$ 2,6 milhões por mês e explica como salvou a empresa

Vivo adquire controle total da FiBrasil por R$ 850 milhões e reforça aposta em fibra óptica

Apple planeja novos MacBook Pro, iPhone 17e e iPads para o início de 2026