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China tem 8 milhões de sites afetados no maior ciberataque

O país sofreu nos últimos dois dias o pior ciberataque de sua história


	Chinês em frente ao computador: segundo o governo, este ataque seguramente foi lançado por uma organização e não em título individual
 (Getty Images)

Chinês em frente ao computador: segundo o governo, este ataque seguramente foi lançado por uma organização e não em título individual (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 06h48.

Pequim - A China sofreu nos últimos dois dias o pior ciberataque de sua história, o qual afetou consideravelmente o domínio nacional (.cn) e, durante horas, impediu ou dificultou o acesso a oito milhões de sites, informou nesta terça-feira o jornal local "South China Morning Post".

O ataque começou na manhã do último domingo e se prolongou durante o restante do dia, comprometendo também parte do expediente de ontem, denunciou o Centro de Informação da Rede na China, responsável pela gestão de internet no país com mais usuários do mundo.

O diretor-executivo da instituição, Li Xiaodong, definiu o ataque como um fato "sem precedentes" e explicou que os autores do ataque se dedicaram a multiplicar a transmissão de dados para reduzir ao máximo a velocidade de acesso nos servidores (um ataque DDOS no jargão informático, um acrônimo em inglês para Distributed Denial of Service).

Li expressou uma "forte condenação" aos autores do ataque, que, em sua opinião, pôde ser lançado através de um grande número de "computadores zombies" (computadores cujos usuários não sabem que estão parcialmente controlados por "hackers").

O diretor-executivo também analisou que, dado o grande alcance da operação, este ataque seguramente foi lançado por uma organização e não em título individual, embora não tenha feito nenhum prognóstico sobre os possíveis grupos que poderiam estar por trás do ataque.

O governo da China, acusado constantemente de espionar e atacar redes de internet em outros países, sempre argumentou que os computadores do país, incluídos os das redes militares, se encontram entre as principais vítimas de ciberataques. 

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