Entre as vítimas do ataque estão, segundo o Google, ativistas políticos chineses, autoridades de diversos países asiáticos, militares e jornalistas (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 06h28.
Pequim - O Governo chinês rejeitou nesta quinta-feira as acusações da empresa americana Google de ter produzido um novo ataque virtual contra centenas de seus e-mails.
"A acusação é inaceitável", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hong Lei, que assegurou que existem "motivos ocultos" para acusar a China.
"Os ataques virtuais são um problema internacional do qual a China também é vítima. As acusações são totalmente infundadas e têm motivos ocultos", manifestou Hong em entrevista coletiva.
A Google anunciou ontem que tinha desbaratado um plano de roubo de senhas de centenas de e-mails do Gmail de altos funcionários públicos dos Estados Unidos e de países asiáticos que tinha sido lançado aparentemente da cidade chinesa de Jinan, capital da província oriental de Shandong.
Entre as vítimas do ataque estão, segundo o comunicado da Google, ativistas políticos chineses, autoridades de diversos países asiáticos - principalmente sul-coreanos -, militares e jornalistas.
Esta não é a primeira vez que a Google denuncia um ataque virtual na China.
Em janeiro de 2010, a companhia anunciou que suas operações haviam sido alvo de ataques a fim de acessar a correspondência de dissidentes chineses e roubar códigos e segredos comerciais da companhia.
Esta denúncia levou o Governo dos EUA a intervir, enquanto a Google suspendeu temporariamente seu site de busca na China.