Tecnologia

China defende reforço na censura à web

Pequim está avaliando novas maneiras de controlar opiniões expostas na internet

Facebook: China já filtra rigidamente a Internet e bloqueia populares sites estrangeiros como Facebook, YouTube e Twitter (Getty Images)

Facebook: China já filtra rigidamente a Internet e bloqueia populares sites estrangeiros como Facebook, YouTube e Twitter (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2011 às 18h12.

Pequim -  O controle do Partido Comunista chinês ficará em risco a menos que o governo tome atitudes mais firmes para impedir que a opinião exposta na Internet seja moldada por inimigos políticos cada vez mais organizados, afirmou uma equipe de membros do partido.

O longo comentário na edição internacional do Diário do Povo, principal jornal do Partido Comunista da China, é mais um sinal de que Pequim, sacudida pela audiência e influência crescente de sites como o Twitter, está avaliando novas maneiras de controlar opiniões expostas na Internet.

Autoridades e a mídia chinesa têm se queixado recentemente da propagação de danos e rumores infundados na Internet. Mas o comentário leva a questão política a outro patamar, argumentando que adversários organizados e subversivos estão explorando a regulamentação desatualizada para inflamar a opinião pública e espalhar suas opiniões.

O comentário pediu mudanças na forma como a China controla inovações na Internet.

"Opiniões publicadas na Internet são espontâneas, mas cada vez mais mostram sinais de se tornarem organizadas", disse o comentário assinado por uma equipe de escritores para o jornal do Partido Comunista "Qiushi", que significa "busca da verdade".

Um comentário no Diário do Povo não equivale a um pronunciamento sobre uma política do governo, e pode refletir uma corrente de pensamento mais conservadora do debate oficial. Mas ele se soma a sinais de que Pequim está se inclinando para um maior controle da Internet.

A China já filtra rigidamente a Internet e bloqueia populares sites estrangeiros como Facebook, YouTube e Twitter.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCensuraChinaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookGoogleInternetRedes sociaisTwitterYouTube

Mais de Tecnologia

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma