Tecnologia

China "coloca em ordem" acesso a sites como Google e Facebook

Provedores devem a partir de agora ter permissão oficial para criar ou alugar "linhas especiais de comunicação", incluindo VPN

Google: isto afeta a atividade das empresas presentes no país (Frederic J. Brown/AFP)

Google: isto afeta a atividade das empresas presentes no país (Frederic J. Brown/AFP)

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AFP

Publicado em 23 de janeiro de 2017 às 11h17.

A China lançou uma campanha para "colocar em ordem" os provedores de internet, em especial dos programas que permitem acessar páginas estrangeiras bloqueadas no país, como Facebook ou Google.

O Partido Comunista Chinês (PCC) no poder administra um amplo sistema de controle darede: os comentários ou artigos considerados sensíveis são borrados, e aplicativos e páginas como Instagram, Twitter ou YouTube são inacessíveis.

Isto afeta a atividade das empresas presentes no país.

Para contornar esse bloqueio, muitas empresas, bem como indivíduos particulares, utilizam "redes privadas virtuais", designadas pela sigla VPN ("virtual private network", em inglês).

Os programas que permitem utilizar estas VPN podem ser encontrados online ou em lojas de aplicativos online para smartphones.

Muitos intelectuais e dissidentes chineses também usam VPN para postar no Facebook, Twitter ou YouTube de dentro do país.

Mas os provedores devem a partir de agora ter permissão oficial para criar ou alugar "linhas especiais de comunicação", incluindo VPN, informou no domingo o ministério da Indústria e Tecnologias da Informação.

O mercado de provedores tem visto um crescimento rápido "e vê os primeiros sinais de desenvolvimento anárquico, o que cria uma necessidade urgente de regulamentação", justifica o ministério.

Esta campanha de "colocar em ordem" vai durar até março de 2018.

A China tem o maior número de internautas no mundo: 731 milhões no final de 2016 (+ 6,2% em um ano), segundo anunciou no domingo o Centro de Informações da Internet (CNNIC), uma agência do governo.

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