Recibos da locadora virtual Netflix (Getty Images / Allison Shelley)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2011 às 18h46.
São Paulo - A chegada da Netflix, serviço para o streaming de vídeos, hoje, ao Brasil, agitou o mercado. Concorrentes locais da empresa americana, NetMovies e Terra já se anteciparam para anunciar seus próximos passos.
Para o CEO da NetMovies, Daniel Toppel, ao não ofertar o serviço de entrega de DVDs e Blu-rays, a Netflix chega com um modelo incompleto. “É um concorrente forte, que tem muito capital para investir, porém, trata-se de uma marca desconhecida para os brasileiros”, afirma ele.
Com serviço de entrega de mídias disponível em 93 cidades, distribuídas em 20 Estados do país, a NetMovies cobra uma assinatura de R$ 15,99 no pacote streaming mais discos. Somente o plano online sai por R$ 9,99. A Netflix vai cobrar R$ 14,99 apenas pelo serviço web.
Por enquanto, o catalogo da NetMovies é formado por 4 000 títulos digitais e outros 55 mil em mídias. A empresa promete anunciar novas parcerias, com estúdios estrangeiros, nas próximas semanas a fim de ampliar seu acervo online. Para isso, ela conta com um aporte de um fundo de private equility recebido ao longo do primeiro semestre. A empresa não revela o seu número de assinantes.
Além do Brasil, o Terra também vai competir com a Netflix em outros países, como Colômbia (já ativo), Argentina, Chile, México e Peru. A Netflix inicia sua operação em praticamente toda a América Latina na próxima semana.
“Não se pode esquecer que somos um portal com 81 milhões de usuários únicos em toda a América Latina, e isso atrai clientes para o seu serviço”, aponta o diretor de mídia do Terra para América Latina e Estados Unidos, Pedro Rola.
Há sete meses, o portal colocou no ar a Terra Vídeo Store. O plano mensal custa R$ 19,99 e dá direito a séries como “Lost” e “24 horas”. No total, cerca de 3 000 títulos, entre filmes, documentários, shows e infantis, estão disponíveis para o usuário. Segundo Pedro, serão 5 000 até o final do ano.
A loja do Terra também permite ao usuário “alugar” um vídeo individualmente, por valores que variam entre R$ 3,90 e R$ 6,90. Em seis meses, a Vídeo Store já atingiu uma média de 200 mil clientes / mês entre assinantes e locadores.
Uma das razões da investida na Netflix no Brasil e na América Latina foi o esgotamento da capacidade de crescimento do mercado americano. Por outro lado, o mercado de serviços online no Brasil passa por momento de superaquecimento.