. (Fabrice Coffrini/AFP)
EFE
Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 16h08.
A Organização Europeia de Pesquisas Nucleares (CERN) detalhou nesta terça-feira os planos para iniciar em meados deste século um acelerador de partículas quatro vezes maior e dez vezes mais potente que o atual Grande Colisor de Hádrons (LHC) de Genebra.
O relatório apresentado pela instituição apresenta as diferentes opções de projeto do Futuro Colisor Circular (FCC), que teria 100 quilômetros de diâmetro, enquanto o LHC possui 27.
Esta nova estrutura pode custar cerca de 9 bilhões de euros, incluindo 5 bilhões em trabalhos de engenharia para furar um túnel gigantesco nos arredores de Genebra. Também seriam necessários mais 15 bilhões de euros para um supercondutor de prótons, destacou a CERN em comunicado.
"(O FCC) tem um tremendo potencial para melhorar o nosso conhecimento da física fundamental e avançar em muitas tecnologias que terão um grande impacto na sociedade", afirmou no documento a diretora-geral do CERN, Fabiola Gianotti.
Os estudos de viabilidade para o FCC começaram em 2014 e estão sendo desenvolvidos paralelamente ao anúncio por parte da China, que está construindo um acelerador de partículas maior que o LHC.
O CERN quer que o futuro acelerador, cujo projeto contou com a participação de 1.300 especialistas de 150 universidades, continue explorando o bóson de Higgs - a partícula descoberta pelo LHC em 2012 - e outros fenômenos como a matéria escura e a antimatéria.
Os físicos consideram que, apesar da descoberta do bóson de Higgs, ainda há particulas subatômicas a serem descobertas para entender o modelo atual do universo, que ainda não explica plenamente fenômenos como a acelerada rotação das galáxias apesar da sua expansão, ou a própria gravidade.