neymar (REUTERS/Siphiwe Sibeko)
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2014 às 09h15.
A atividade cerebral do astro brasileiro do futebol Neymar ao driblar os adversários corresponde a menos de 10% da utilizada pelos jogadores amadores, o que sugere que ele joga como se tivesse com o piloto automático ligado, afirmam neurologistas japoneses.
Resultados de exames feitos em fevereiro deste ano em Neymar indicaram uma atividade cerebral mínima enquanto o craque jogava e apontam para uma habilidade do atacante do Barcelona incrivelmente natural.
"Descobrimos, em imagens de ressonância magnética, que a atividade cerebral de Neymar corresponde a menos de 10% da de um jogador amador", explicou à AFP Eiichi Naito nesta sexta-feira.
"É possível que a genética seja um fator, auxiliado pelo tipo de treino que ele faz", acrescentou.
As descobertas foram publicadas no jornal suíço Frontiers in Human Neuroscience, depois de uma série de testes de habilidades motoras, feitos no jogador de 22 anos e em outros atletas do Barça no começo do ano.
Três jogadores espanhóis da segunda divisão e dois nadadores de alto rendimento também foram submetidos aos mesmos testes, acrescentou Naito, que trabalha no Instituto Nacional de Tecnologia de Informação e Comunicações.
Em seu artigo, Naito concluiu que os resultados do teste "fornecem evidências valiosas de que o cérebro de Neymar ativa recursos neuronais muito limitados nas áreas motoras-corticais quando faz movimentos com o pé".
Perguntado se o argentino Lionel Messi, colega de Neymar no Barcelona, ou Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, apresentariam os mesmos resultados, Naito disse: "seria justo supor que eles demonstrariam níveis similares, em vista de sua técnica e habilidade com os pés".
"Uma atividade cerebral reduzida significa menos carga, o que permite (ao jogador) executar muitos movimentos complexos ao mesmo tempo. Acreditamos que isto dá a ele a habilidade de executar seus muitos dribles", disse Naito em declarações ao jornal japonês Mainichi Shimbun.