Tecnologia

CEO do Google vê próximo trilhão de capitalização em buscas e IA

Enquanto muitos outros gigantes da tecnologia adotam o metaverso, o Google deve manter seus esforços em pesquisas e publicidade na internet

Sundar Pichai, presidente do Google (Justin Sullivan/Getty Images)

Sundar Pichai, presidente do Google (Justin Sullivan/Getty Images)

Enquanto muitos outros gigantes da tecnologia adotam o metaverso como a próxima fronteira de crescimento, Sundar Pichai vê o futuro do Google em sua oferta mais antiga: buscas na Internet.

“Tenho sorte de que nossa missão seja atemporal”, disse Pichai, que é diretor-presidente do Google e de sua controladora, a Alphabet. Em entrevista à Bloomberg Television durante o Bloomberg New Economy Forum, em Singapura, o executivo afirmou: “Há mais necessidade de organizar as informações do que nunca”.

No início do mês, a Alphabet ultrapassou os US$ 2 trilhões em valor de mercado por um breve período graças ao crescimento das vendas e do lucro durante a pandemia. Quando questionado de onde viria o próximo trilhão, Pichai apontou para o principal serviço da empresa. Os consumidores farão mais perguntas aos computadores por comandos de voz e “experiências multimodais”, prevê. “Ser capaz de se adaptar a tudo isso e evoluir a busca continuarão sendo a maior oportunidade”, disse o CEO.

Desde que assumiu o Google em 2015, Pichai intensificou o foco da empresa na computação em nuvem e inteligência artificial, enquanto enfrentava maior escrutínio regulatório. Na entrevista, Pichai destacou os principais negócios de crescimento do Google - nuvem, o serviço de vídeo do YouTube e a loja de aplicativos - e disse que os investimentos em inteligência artificial (IA) apoiam cada um deles.

O executivo nascido na Índia também espera que mais produtos do Google sejam desenvolvidos e testados primeiro na Ásia, antes de serem lançados mundialmente. Mas não na China. Depois de congelar os planos de levar a ferramenta de buscas para a China continental em 2018 na esteira de protestos de funcionários, o Google ainda exclui a maioria dos serviços do país mais populoso. “Não vejo mudanças nisso”, disse Pichai.

Mas o CEO não compartilha a visão de outros executivos do Vale do Silício sobre os avanços tecnológicos da China. Pichai reconheceu que o Google compete “de igual para igual” com empresas chinesas em inteligência artificial e computação quântica, mas argumentou que os EUA e a China têm espaço para colaborar em áreas como mudança climática e segurança em IA.

Alguns dos maiores rivais do Google, como Microsoft e a Meta Platforms, controladora do Facebook, apostaram o futuro dos negócios em torno de mundos virtuais do metaverso. O Google adotou várias abordagens em produtos de realidade virtual e aumentada, mas com sucesso limitado. Anos atrás, sua primeira tentativa, o capacete Google Glass, não deslanchou. Recentemente, o Google concentrou essas iniciativas em uma nova divisão que reporta a Pichai, embora não tenha fornecido detalhes sobre a estratégia.

“O futuro da computação imersiva sempre animou”, disse. “Isso não pertence a nenhuma empresa. É uma evolução da Internet.”

Defensores do metaverso costumam falar sobre o potencial de novas tecnologias, como blockchain e criptomoedas. Além de algumas parcerias na nuvem, o Google se mantém afastado dessa parte do setor.

Pichai disse que não possui nenhuma criptomoeda. “Gostaria de ter”, afirmou. “Eu me envolvi nisso, você sabe, dentro e fora.”

Acompanhe tudo sobre:GoogleInteligência artificial

Mais de Tecnologia

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro

iPhone 16 chega às lojas – mas os recursos de inteligência artificial da Apple, não