A desenvolvedora do Oculus Rift parece preocupada que más experiências com produtos concorrentes possam manchar a imagem de todo o mercado de realidade virtual antes mesmo de se consolidar.

Durante a conferência Web Summit 2014, realizada nesta semana, na Irlanda, Brendan Iribe, CEO da Oculus VR, expressou sua preocupação com headsets inferiores lançados por outras empresas e que não tenham melhorado a sensação de enjoo que os aparelhos costumam trazer.

“Nós estamos apreensivos com algumas grandes empresas lançando produtos que não estão exatamente prontos e que não tenham aprimorado problemas como desorientação e sensação de enjoo. Estamos encorajando os concorrentes a não lançarem produtos até resolverem essas questões”, disse Iribe.

Iribe afirmou que convidou membros da equipe dos óculos Sony Project Morpheus para conhecerem o último protótipo do Oculus Rift. “Por favor, tenham certeza que seu produto é tão bom ou melhor que este”, teria dito aos engenheiros. 

Segundo Iribe, resolver o problema com a sensação de enjoo no Oculus Rift vem sendo o principal foco da empresa, que já chegou a contratar psicólogos especialistas em experiência perceptiva para auxiliar nesta tarefa. 

“Nós queremos ser cuidadosos, ter certeza que não seja uma experiência tão intensa. Queremos algo que os usuários possam aproveitar por um longo período de tempo, sem terem vertigens ou mesmo claustrofobia”, afirmou Iribe. 

No mesmo evento, Iribe disse que o Oculus Rift está, em grande parte, finalizado e pronto para chegar aos consumidores “dentro de muitos meses, mas não anos”. 

Concorência - Além do Rift, há aparelhos semelhantes que já foram anunciados. A Sony apresentou o Morpheus, um headset de realidade virtual, no início deste ano. Em setembro, a Samsung anunciou o Gear VR, um produto que faz o mesmo que o Rift, mas utiliza o smartphone Galaxy Note 4 como tela, enquanto os demais produtos têm display embutido.