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CEO da Netflix crê em luta entre humanos modificados e robôs

Executivo vê futuro com humanos melhorados com engenharia genética

Inteligência artificial: CEO da Netflix acredita em luta entre humanos e máquinas (Oli Scarff/Getty Images)

Inteligência artificial: CEO da Netflix acredita em luta entre humanos e máquinas (Oli Scarff/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 09h30.

São Paulo – Reed Hasting, o CEO da Netflix, entrou para o grupo de executivos da indústria de tecnologia que faz previsões sobre o futuro da humanidade, ao lado de Steve Wozniak, Elon Musk e Ray Kurzweil

O executivo-chefe da Netflix acredita que o avanço da inteligência artificial não vai resultar em um domínio das máquinas sobre os humanos, mas que nós poderemos combatê-los com modificações genéticas que nos tornarão mais inteligentes e saudáveis.

"Algumas pessoas se preocupam com o que vai acontecer quando a inteligência artificial se tornar muito forte. Isso é como se preocupar com a nossa colônia em Marte e com as pessoas que estarão acima do peso por lá. Podemos lidar com isso depois", afirmou Hastings, na conferência DLD, realizada em Munique, na Alemanha, nesta semana.

Antes de ser cofundador da Netflix, Hastings era engenheiro da computação e trabalhava com inteligência artificial.

"O futuro da inteligência é uma corrida entre as formas de vida baseadas no carbono e as formas de vida baseadas no silício. As duas estão evoluindo rapidamente. Não está claro qual tipo de ingeligência vai emergir dominante dentro de 100 ou 150 anos", declarou o CEO da Netflix.

Hastings, entretanto, enfatiza que ainda estamos no princípio do uso da inteligência artificial, como, por exemplo, no algoritmo de recomendação de filmes e séries do serviço de sua empresa. Por isso, ele pensa que é complicado prever mais adiante do que 15 anos no futuro.

Elon Musk, o bilionário sul-africano à frente da Tesla e da SpaceX, chegou a doar mais de 10 milhões de dólares para que as máquinas não se tornem más no futuro. 

Stephen Hawking já declarou mais de uma vez sua preocupação com a sobrevivência da humanidade frente ao avanço da inteligência artificial. "Os humanos, limitados pela evolução biológica lenta, não conseguiriam competir e seriam desbancados [pelas máquinas inteligentes]", disse Hawking, em dezembro de 2014, durante entrevista para a BBC.

Em contrapartida, Mustafa Suleyman, o cofundador da empresa de pesquisas sobre inteligência artificial do Google, chamada DeepMind, declarou, em junho do ano passado, que a humanidade não precisa temer o futuro da inteligência artificial.

"A maneira como pensamos sobre inteligência artificial é que ela será uma ferramenta extremamente poderosa que controlamos e direcionamos, dentro de seus limites de capacidade, assim como fazemos com qualquer outra ferramenta que temos no mundo, sejam máquinas de lavar ou tratores. Nós estamos criando isso para empoderar a humanidade e não para nos destruir", disse o executivo à época.

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