Tecnologia

CEO da Apple alfineta quem não zela pela privacidade

"A história tem nos mostrado que sacrificar o nosso direito à privacidade pode ter conseqüências terríveis", disse Tim Cook


	Tim Cook, da Apple: "A história tem nos mostrado que sacrificar o nosso direito à privacidade pode ter conseqüências terríveis"
 (Reprodução/Apple)

Tim Cook, da Apple: "A história tem nos mostrado que sacrificar o nosso direito à privacidade pode ter conseqüências terríveis" (Reprodução/Apple)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 14 de fevereiro de 2015 às 15h28.

São Paulo - Tim Cook, o CEO da Apple, alfinetou nesta semana quem não zela pela privacidade. O discurso de Cook foi feito na última sexta-feira (13), em um evento promovido pelo governo dos Estados Unidos, com presença do presidente Barack Obama, realizado na Universidade de Stanford.

O CEO não mencionou nenhuma entidade ou agência pelo nome, mas, como indica o The Wall Street Journal, demonstrou o ódio que muitos executivos de tecnologia compartilham pelas práticas de coleta de dados e espionagem do governo americano.

"Aqueles de nós em posições de responsabilidade não conseguem fazer tudo em nosso poder para proteger o direito à privacidade corremos o risco de algo muito mais valioso do que dinheiro. Arriscamos nosso modo de vida", disse Cook.

"A história tem nos mostrado que sacrificar o nosso direito à privacidade pode ter conseqüências terríveis. Nós ainda vivemos em um mundo onde todas as pessoas não são tratadas de forma igualitária. Muitos não se sentem livres para praticar sua religião, ou expressar a sua opinião, ou o amor que eles escolhem. "

Cook declarou ainda que muitas pessoas vivem "em um mundo em que a informação pode fazer a diferença entre a vida e a morte."

No evento, Obama assinou um decreto que visa melhorar o combate contra ataques virtuais.

Segundo James Comey, diretor do FBI, Tim Cook estava presente no evento porque a decisão da Apple de criptografar seus aparelhos por padrão no iOS 8 terá sérios impactos no cumprimento da lei e nas agências de segurança americanas, em todos os níveis, como reporta a Fortune.

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