Tecnologia

Celulares com cérebro

Dê uma olhada nos aparelhos desta página. Eles não parecem muito diferentes dos modelos que já estão por aí, correto? Erradíssimo. Os novos celulares GSM chegam com um microprocessador portátil que guarda todos os dados pessoais do usuário e funciona como o cérebro do aparelho, garantindo ligações criptografadas e roaming internacional automático. Com menos de […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h29.

Dê uma olhada nos aparelhos desta página. Eles não parecem muito diferentes dos modelos que já estão por aí, correto? Erradíssimo. Os novos celulares GSM chegam com um microprocessador portátil que guarda todos os dados pessoais do usuário e funciona como o cérebro do aparelho, garantindo ligações criptografadas e roaming internacional automático. Com menos de três centímetros de largura, os chamados SIM Cards são a alma dos novos celulares GSM. Eles armazenam desde o número da linha até a lista de contatos, passando pelas informações sobre a conta do cliente, e um eficiente sistema anticlone. A segurança é que de cara sai ganhando com a utilização dos SIM Cards. Isso porque o chip traz um sistema nativo de autenticação que a cada ligação - recebida ou originada pela rede GSM - ativa, através de senha pessoal, uma chave randômica de criptografia de 128 bits.

Esse é o mesmo sistema de segurança utilizado por bancos e sites de comércio eletrônico na internet. Além da proteção no próprio chip, a nova rede reforça ainda mais os cadeados da comunicação celular. Diferentemente da infra-estrutura CDMA e TDMA - das operadoras que estão no Brasil -, a GSM já nasceu 100% digital, o que quase impossibilita a fraude em aparelhos nessa tecnologia. As linhas celulares são interceptadas para a clonagem quando a ligação está em modo analógico. No sistema GSM, não há essa opção. "Nos 170 países em que operamos a rede GSM, nunca registramos casos de clonagem", afirma Michelangelo Tursi, diretor comercial da italiana TIM. Outro atrativo de peso para a rede GSM é a possibilidade de roaming internacional. A rede GSM está pulverizada por todos os países da Europa e nos continentes asiático e americano, incluindo a América Latina, onde funciona em seis países. O usuário GSM pode carregar seu SIM Card, com o número de sua linha do Brasil, para funcionar em qualquer um desses países, pagando a tarifa extra de roaming - em média, 25% mais cara do que o valor do pulso local. Mas, se o roaming é uma das grandes estrelas da tecnologia GSM em todo o mundo, no Brasil ele é o seu principal obstáculo - ao menos por enquanto.

Em todo o território, as tecnologias de telefonia celular existentes são a TDMA e a CDMA, que possibilitam roaming entre si. No caso da GSM essa operabilidade não é possível. Por isso, enquanto a migração para o novo sistema não ocorrer em todo o Brasil, o cliente GSM pode ficar com o telefone mudo em diversos estados. Para quem viaja constantemente, a melhor forma de se precaver é verificar com a operadora em quais locais já é possível utilizar essa tecnologia antes de comprar o aparelhinho. Em algumas das principais capitais do Brasil, a rede GSM já chega vitaminada com a tecnologia GPRS.

Ela é responsável pela chamada geração 2,5G da telefonia celular, que catapulta a transmissão de dados de 9,6 Kbps para 60 Kbps com duas vantagens inatas: conexão permanente com a internet e cobrança por quantidade de dados transmitidos, o que barateia o acesso à web por celulares e PDAs. De saída, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo devem receber as redes GSM já com o acesso à internet móvel em alta velocidade. As operadoras responsáveis por implantar o GSM no Brasil são a Oi, subsidiária da Telemar, e a italiana TIM. Juntas, as duas companhias devem oferecer cobertura GSM em todo o território, num prazo médio de dois anos. Elas prometem o início de suas operações para este mês, mas ambas possuem entraves legais resolver com o governo brasileiro sobre o cumprimento de metas nas áreas em que já atuam.

Até o fechamento desta edição, essas questões ainda não tinham sido solucionadas, mas as duas operadoras esperavam colocar suas redes para funcionar comercialmente aindano mês de abril. GSM Sistema celular 100% digital, baseado na tecnologia TDMA.

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