Celular: crescimento no tempo de uso de apps móveis não se concentrou nos títulos mais populares (©afp.com / Frederic J. Brown)
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2014 às 17h21.
São Paulo - O celular se tornou a primeira tela dos norte-americanos, ou seja, aquela em que os consumidores passam mais tempo olhando por dia, superando pela primeira vez a televisão.
A afirmação parte da Flurry, empresa que monitora o uso de 590 mil aplicativos instalados em mais de 1 bilhão de smartphones no mundo.
Segundo a Flurry, o tempo médio gasto pelo usuário norte-americano com dispositivos móveis por dia subiu 9,3% entre o primeiro e o terceiro trimestres deste ano, passando de 2 horas e 42 minutos para 2 horas e 57 minutos.
No mesmo período, o tempo médio diário com TV ficou estagnado em 2 horas e 48 minutos.
Para se ter uma ideia, no primeiro trimestre de 2012, o tempo médio dos norte-americanos com dispositivos móveis era de apenas 1 hora e 49 minutos.
É preciso fazer duas ressalvas. A primeira é que o a medição do tempo feita pela Flurry contabiliza apenas aplicativos e navegação na web, mas não serviços tradicionais, como chamadas de voz e SMS.
A segunda é que há, sem dúvida, uma grande interseção no uso dos dois aparelhos (TV e celular).
Ou seja, em boa parte desse tempo as pessoas estão usando ambos. Em muitos casos, a utilização do celular em frente à TV é estimulada pelo próprio programa de TV, como uma forma de interação ou de gerar boca a boca para incrementar a audiência.
Apps
Outra descoberta da Flurry é que o crescimento no tempo de uso de apps móveis nos primeiros nove meses deste ano não se concentrou naqueles títulos mais populares (de acordo com o tempo de uso).
Os 25 títulos mais populares cresceram em apenas 1% o seu tempo médio de uso diário nesse período, passando de 69 para 70 minutos.
Enquanto isso, o restante dos apps registrou crescimento de 21%, passando de 70 para 85 minutos.
O tempo gasto com navegação na web móvel se manteve estável, em torno de 21 minutos.
Na análise da Flurry isso demonstra que o ecossistema de conteúdo móvel continua sendo plural, aberto e democrático, por mais que haja movimentos de consolidação em andamento.
A empresa cita seu próprio exemplo: de janeiro a setembro deste ano, desenvolvedores de 180 países diferentes acrescentaram 110 mil apps à plataforma da Flurry.