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Celular pode saber quando o usuário está bêbado

Pesquisadores americanos tentaram descobrir se o celular conseguia identificar mudanças na forma dos usuários caminharem

Smartphone: celulares podem saber quando você está bêbado (FG Trade/Getty Images)

Smartphone: celulares podem saber quando você está bêbado (FG Trade/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2020 às 15h07.

Última atualização em 18 de agosto de 2020 às 15h32.

Os smartphones poderão ser capazes de saber quando um usuário está bêbado em um futuro próximo apenas se baseando na forma como as pessoas andam. A ideia foi tirada de um experimento feito pelo americano Brian Suffoletto, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos.

Suffoletto queria entender como poderia "tirar vantagem" em cima dos acelerômetros existentes nos aparelhos e usá-los para detectar mudanças nos padrões de caminhada de pessoas que já ingeriram uma dose alta de álcool.

Para isso, foram realizados testes com 22 voluntários e cada um teve 1 hora para beber vodca. No fim do período, a concentração de álcool nos indivíduos em testes de bafômetro era de 0,2%. Cada voluntário também teve um smartphone amarrado nas costas e teve de andar em uma linha reta — dez passos na ida, outros dez na volta.

Em cerca de 90% do tempo, o celular foi capaz de sentir que algo incomum estava acontecendo com as pessoas nas quais a concentração de álcool excedia o limite de 0,08% permitido para a direção nos Estados Unidos.

Para Suffoletto e o grupo de pesquisadores que participaram do estudo, a descoberta de que os smartphones podem, sim, conseguir detectar o uso de álcool é importante para que uma ferramenta capaz de notificar o usuário quando ele estiver bêbado e incapaz seja desenvolvida a fim de evitar acidentes. "Em cinco anos, gostaria de imaginar um mundo onde as pessoas saem com amigos, bebem doses arriscadas e recebem um alerta ao primeiro sinal de danos, com estratégias para que elas parem de beber e para que se protejam de eventos de alto risco, como dirigir, situações violentas e encontros sexuais desprotegidos", afirmou ele.

Suffoletto afirmou que o próximo passo agora é realizar os mesmos testes, mas enquanto o voluntário segura o celular nas mãos ou no bolso — até porque é um pouco impossível que uma pessoa bêbada consiga amarrar, sozinha, o celular nas costas.

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