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CCE inaugura parceria com Qualcomm para novos smartphones

Ideia é mudar imagem da fabricante oferecendo aparelhos com o sistema Android com configurações mais robustas, mas ainda com preços acessíveis


	Tablet da CCE: empresa agora investe em nova identidade visual e estratégia de marketing
 (Divulgação)

Tablet da CCE: empresa agora investe em nova identidade visual e estratégia de marketing (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 11h59.

São Paulo - Apesar de lutar contra uma imagem negativa, principalmente nas classes A e B, a brasileira CCE afirma desfrutar de um forte apelo popular de décadas de atuação como fabricante nacional de eletrônicos.

Após a aquisição pela Lenovo, concluída em janeiro deste ano, a empresa agora investe em nova identidade visual e estratégia de marketing, além de apostar em uma nova linha de tablets e smartphones com o sistema operacional Android.

O diferencial que a fabricante quer trazer agora é a proposta de maior qualidade trazida por parcerias com a Qualcomm, com a qual firmou acordos de licenciamento para uso de patentes de 3G e 4G e ainda para utilização dos designs de referência para tablets desenvolvidos pelo laboratório da fabricante de chipsets no Brasil. A CCE também fez parcerias com aplicativos, como Buscapé, Meu Carrinho, Opera e Gameloft.

Assim, a CCE apresentou em São Paulo nesta terça, 25, novos modelos de smartphones e tablets pensados para todas as classes sociais. Todos os dispositivos contam com desoneração do governo e são fabricados em Manaus, já incluindo tecnologia da Lenovo.

Modelos

O destaque da CCE é o Motion.Plus SK504, que possui um processador Snapdragon da Qualcomm quadcore de 1,4 GHz, 4 GB de armazenamento e 1 GB de RAM, rodando a versão 4.1 do Android Jelly Bean. Ele conta com capacidade de chip duplo, câmera traseira de 8 megapixels e frontal de 2 megapixels; e tela de 5 polegadas. O smartphone será vendido com preço sugerido de R$ 899 a partir de agosto deste ano.

Os modelos Motion.Plus K351, SK402 e SR402 são equipados com a versão 4.0 do sistema do Google (chamada de Ice Cream Sandwich) e também possuem processador Snapdragon, mas diferem em potência. O K351 chega em julho por R$ 399 vem com um single core de 1 GHz, 256 MB de RAM, armazenamento de 512 MB, conectividade Wi-Fi e 3G e tela de 2,5 polegadas.


Já os modelos SK402 e SR402 custarão R$ 499 e possuem tela de 4 polegadas, processador Snapdragon dual-core de 1,2 GHz e câmera traseira de 5 megapixels e frontal VGA. A diferença é que o SK402, que chega já em junho, vem com aplicativos pré-embarcados Kido'z e Buscapé e possui tampas traseiras (inclusas na embalagem) nas cores preta, branca e rosa. O SR402 será lançado somente em setembro.

A empresa também está anunciando dois modelos de tablets, um de tela de 7 polegadas e outro de 10 polegadas, previstos para chegar ao mercado em setembro. Ambos serão resistentes a impactos e a líquidos e possuem processador dual core de 1,2 GHz, Android 4.1, RAM de 1 GB e armazenamento de 16 GB. O Motion.Tab TD72G custará R$ 699 e o Motion.Tab TD102G sairá por R$ 899.

Estratégia

"O consumidor que mais features, quer qualidade de imagem e velocidade, mas não pode pagar R$ 2 mil e nem quer ficar (com as opções de aparelhos) na faixa de R$ 1 mil", explica o CTO da CCE, Rogério Fleury. A empresa almeja atingir um mercado em potencial de 52 milhões a 60 milhões de consumidores brasileiros. "Somos uma empresa global, mas mantendo o DNA brasileiro", diz.

Por não acreditar ainda em uma alta demanda, a CCE decidiu não investir no LTE. "A cobertura é pequena, e o nosso diferencial é a pulverização, com mais de 13 mil pontos de venda", explica Fleury. No entanto, ele reconhece que a empresa poderá oferecer dispositivos 4G a partir do ano que vem, conforme as metas de cobertura das teles sejam alcançadas.

Para a linha anunciada nesta terça, Fleury afirma que está conversando com operadoras, mas ainda não possui nenhuma parceria fechada. Entretanto, ele garante que há interesse justamente por possuir plataformas flexíveis para a introdução de conteúdos, como aplicativos específicos. As desenvolvedoras, por sinal, contam com um modelo de receita negociado individualmente.

"Pesquisamos o que acontece nos mercados, no iTunes e outras lojas. Somos procurados por provedores de contudo e a gente procura quem faz, aí discutimos o revenue share (a partilha). A receita é gerada por publicidade e eu estou dando distribuição, é o marketing mais barato", afirma o diretor de marketing da Lenovo, Humberto De Biase.

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